Dono de posto ofereceu suborno de R$ 20 mil a PM

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, homologou o acordo realizado por Thiago Gomes de Souza e sua esposa, Franciely Vieira Botelho, que vão pagar meio salário mínimo (R$ 660,00) a uma fundação assistencial.

No ano de 2019, o casal – alvo da operação “Jumbo”, que desarticulou uma quadrilha que lavava dinheiro do tráfico de drogas -, se envolveu numa briga com outras duas pessoas, e quando foram levados à delegacia ofereceram uma propina de R$ 20 mil à PM.

Em decisão da última quinta-feira (11), o juiz revelou que o Ministério Público do Estado (MPMT) propôs uma transação penal ao casal. O instituto estabelece que, mediante a aceitação dos réus pelo cumprimento antecipado da pena, por meio do pagamento de uma multa ou a restrição dos direitos, o processo é arquivado.

“Homologo por sentença para que produza seus jurídicos e legais efeitos a transação penal, visto que a parte faz jus ao benefício, pois não têm antecedentes e preenche os demais requisitos legais. A presente decisão não importará em reincidência, devendo ser registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de 5 anos”, determinou o magistrado.

Os autos revelam que Thiago e Franciely estavam num posto de combustíveis no Bosque da Saúde, em Cuiabá, quando começaram uma briga com outras duas pessoas – um homem e uma mulher. Os motivos do desentendimento não foram detalhados.

O processo segue a narrativa, revelando que uma guarnição da Polícia Militar estava presente no posto de combustíveis, conseguindo apartar a briga e levando todos para a delegacia. No trajeto, Thiago ofereceu uma propina de R$ 20 mil aos policiais para tentar escapar da prisão.

OPERAÇÃO JUMBO

Já na operação “Jumbo”, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2022, oito pessoas foram presas – incluindo o líder do grupo, Thiago Gomes de Souza, conhecido como “Baleia”, que se apresentava como empresário do ramo de postos de combustíveis. Também foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, um deles contra a sua esposa, Franciely Vieira Botelho.

Conforme as investigações da PF, a quadrilha voltada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro movimentou cerca de R$ 350 milhões num período de 4 anos. Entre os bens que tiveram seu sequestro determinado judicialmente, estão o Posto Atalaia e o Posto Jumbo, ambos avaliados em R$ 5 milhões cada, além de uma mineradora localizada em Nossa Senhora do Livramento, na região metropolitana de Cuiabá, avaliada em R$ 6 milhões. Também foram apreendidos diversos veículos, entre eles uma Range Rover de R$ 524 mil e
uma Chevrolet Caravan SS, ano 1978.

Diversos caminhões e reboques, que pertenciam às empresas MCO Transportes Eireli e MC Log Transportes Eireli, também foram sofreram o sequestro judicial. Ambas pertencem ao ex-gerente do Posto Jumbo, Johnny Luiz dos Santos e sua esposa, Mariella Caballero Olmero, e eram utilizadas pela organização criminosa para lavar o dinheiro oriundo dos lucros da venda de drogas.

Fonte: Folhamax