Dois anos após acidente, processo de gari atropelado por procuradora continua parado

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O ex-gari Darliney Silva Madaleno, que foi atropelado pela procuradora aposentada Luiza Farias Correa da Costa em novembro de 2018, ainda aguarda a conclusão do processo na Justiça. A ação que tramita na Quarta Vara Criminal está parada desde outubro deste ano. Ele afirmou que está passando por necessidades e tem conseguido se manter com ajuda de amigos.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso no último dia 28 de junho de 2019 e foi recebida pela Justiça no dia 8 de julho do mesmo ano. O MP considerou que Luiza praticou lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e conduziu o carro “com capacidade psicomotora alterada em razão da ingestão de álcool”. Em razão do impacto, a vítima sofreu lesões corporais de natureza gravíssima (perda de membro e deformidade permanente).

Uma audiência sobre o caso estava marcada para o dia 14 de abril deste ano, mas acabou sendo adiada por causa da pandemia da Covid-19. O Poder Judiciário de Mato Grosso, publicou várias portarias prorrogando o prazo de fechamento das portas do Palácio da Justiça, dos fóruns das comarcas do Estado e de quaisquer dependências do serviço judicial. Também foi prorrogada a suspensão dos prazos processuais, com exceção das medidas urgentes e processos de adolescentes em conflito com a lei.

Ao Olhar Jurídico Darliney disse aguardar angustiado a conclusão do caso. Ele ainda disse que tem passado por dificuldades, já que está há dois anos sem trabalhar e a pensão do INSS não é suficiente para quitar todas as contas. Ele pede que quem puder lhe ajudar que entre em contato com o número (65) 98402-5402.

“Eu estou aqui mesmo pela ajuda dos amigos, que moram perto, estou com aluguel para pagar, com luz para pagar de R$ 500, estou precisando de ajuda pelo menos com o aluguel e a luz, porque está difícil, parado há dois anos, o INSS paga pouco, além de que o processo não está andando”, disse.

O caso

O delito ocorreu no dia 20 de novembro de 2018, na avenida Getúlio Vargas, quando a procuradora aposentada, dirigindo um veículo Jeep Renegade, colidiu contra a traseira de um caminhão que realizava a coleta de lixo e estava parado na faixa esquerda da via, atingindo o gari Darliney Silva Madaleno.

Na hora do crime, investigadores de polícia foram acionados e, durante a abordagem, constataram que a denunciada estava “em visível estado de embriaguez alcoólica”. Quando submetida ao teste de bafômetro, o resultado verificado foi de 0,66 miligramas de álcool por litro de ar alveolar, que é superior ao limite permitido por lei.

A procuradora aposentada foi autuada em flagrante delito e encaminhada à delegacia, onde confessou ter ingerido bebida alcoólica antes de conduzir o veículo. Contudo, posteriormente, retificou em parte o interrogatório, negando a ingestão de bebida alcoólica e afirmando não se lembrar de ter realizado o teste de bafômetro no dia do acidente. A vítima ficou gravemente ferida e teve uma perna amputada.

Fonte: Olhar direto