‘Dói todos os dias e a cada minuto’, diz filha de empresária assassinada; veja

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A biomédica Caroline Fernandes, de 24 anos, publicou em suas redes sociais um texto emocionado e um compilado de vídeos ao lado de sua mãe, a empresária Gleici Keli Geraldo de Souza, que foi assassinada a facadas no dia 24 de junho em Lucas do Rio Verde. “Ainda torcendo para que tudo fosse um grande pesadelo”, escreveu.

Além de matar Gleici, seu marido, o engenheiro agrônomo Daniel Frasson, de 36 anos, esfaqueou repetidas vezes a filha do casal, de apenas 7 anos. A menina segue hospitalizada em uma UTI do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá. Depois de cometer o crime, Daniel, que estaria enfrentando problemas emocionais e psicológicos severos, tentou tirar a própria vida.

Caroline começa o texto dizendo que acordou com uma música na cabeça. A música em questão é “Poema”, interpretada por Ney Matogrosso, e é trilha sonora do compilado de vídeos que mostram momentos felizes e de descontração.

A música fala sobre alguém que acordou de um pesadelo “atento” e “a tempo”. De alguém que procurou no “escuro alguém com seu carinho”. Sobre um tempo, quando criança, em que o medo era motivo de “choro” e de “desculpa pra um abraço ou um consolo”, diz trecho da música.

Em seu texto, Carol diz já ter perdido a conta dos dias, apesar de saber que se passaram poucos. “Acordei em cada um deles, demorando abrir os olhos e ainda torcendo para que tudo fosse um grande pesadelo”, disse a jovem.

“Não sei se já deu tempo da minha ficha cair completamente. Dói, dói muito, dói todos os dias e a cada minuto. Mas você tem me trazido uma calma, uma serenidade, uma força, que eu sei, mãezinha, que vem de você”, completou ela.

Reprodução

Gleici Keli Geraldo

Caroline Fernandes e a mãe, Gleici Keli, em evento em São Paulo

Caroline diz sentir que a mãe partiu em paz e descansou. “Eu sei que tudo foi por amor. Foi pela insistência do seu amor que te tiraram de mim. Foi por amor que você ficou, se doou e tentou até o fim. Eu não te julgo e também não te culpo, afinal o que você mais soube fazer nessa vida foi amar”, afirmou.

Daniel era padrasto da jovem e, conforme apurou a reportagem com amigos da família, ele estava, desde abril, com um quadro a princípio diagnosticado como burnout. Antes de cometer o crime, ele teria, por várias vezes, tentado tirar a própria vida.

Caroline afirmou que, apesar de a “saudade estar imensurável”, ela ficou com uma missão importante – a de cuidar da irmã.

Para matar a saudade da mãe, a jovem disse ter pego o seu perfume favorito e também aberto áudios antigos para ouvir a voz da mãe.

“Dou risada lembrando dos nossos momentos, conversas, piadas internas. Esses vídeos mostram um milésimo do que era a vida com você”, disse.

“Sigo aqui ao lado do nosso bebezuxo e ela tem lutado firme, afirmo com tranquilidade que ela puxou a força da mamãe. Quando puder entrego a ela seu abraço mais apertado.

Te amamos por toda a vida e além dela”, finalizou.

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Fonte: Midianews