O vereador Dilemário Alencar (Podemos), informou na sessão desta quinta-feira (23) da Câmara Municipal, que processou o vereador Juca do Guaraná (MDB) por usar a tribuna do parlamento para promover ‘fake news’ com ataques levianos contra a sua pessoa.
O parlamentar lembrou que Juca ficou irritado com o posicionamento dele em ter votado na última sessão da Câmara pelo afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e, que sem provas, o acusou ter recebido no Cuiabá Prev uma ex-corretora de investimentos, chamada Luciane Hoepers, denominado por Juca como uma loira, no qual causou prejuízo ao instituto de previdência.
“Estou processando o Juca porque quem não deve não teme. A fala do Juca é mentirosa, um fake news. Na época desse acontecimento, agosto de 2012, eu não era Presidente do Cuiabá Prev, mas sim o Ronaldo Taveira. Que coisa maluca o Juca inventar uma mentira deslavada desta só para agradar o prefeito Emanuel Pinheiro. Sobre esse assunto, ele deveria era perguntar ao ex-prefeito Chico Galindo, um dos fortes apoiadores da gestão do atual prefeito, que como todos sabem recebeu em seu gabinete a ex-corretora Luciane Hoepers, onde ouviu a proposta da corretora de aplicar R$ 21 milhões dos recursos do Cuiabá Prev no fundo de investimentos que ela representava, não ocorrendo o intento da corretora porque os membros do Conselho Curador da previdência municipal não avalizaram a aplicação”, disse Dilemário.
Para comprovar os fatos, Dilemário apresentou na sessão legislativa cópia de uma ata de reunião, realizada no dia 8 de agosto de 2012, do Conselho Curador do Cuiabá Prev. Na ata, o então presidente da entidade, Ronaldo Taveira, citou que informou aos membros do Conselho que foram convocados para a reunião com o objetivo de analisarem proposta de uma corretora, feito ao então prefeito Chico Galindo, para que o instituto de previdência aplicasse R$ 21 milhões em um fundo de investimentos representado por ela. Taveira citou também, que recebeu na sede do Cuiabá Prev o então Secretário Municipal de Governo Silvio Fidélis, acompanhado da corretora Luciane Hoepers, onde detalharam a proposta de aplicação, mas que após análise pelos membros do Conselho Curador, por unanimidade, não foi aprovado o pedido de aplicação.
Outro documento que Dilemário apresentou, foi cópia de relatório do inquérito da Polícia Federal, que está anexado em processo da Justiça Federal, onde constam transcrições de conversas telefônicas gravadas pela PF no ano de 2012, que resultou na Operação Miquéias (divulgada em setembro de 2013). Essa operação desvendou esquemas de fraudes ocorridas em várias previdências municipais e tentativas em outras, como foi o caso do Cuiabá Prev, pelo grupo da então corretora Luciane Hoepers. Na página 782 do inquérito tem a transcrição de conversas onde Luciane cita que esteve com o prefeito Chico Galindo e um secretário, onde disseram que iriam analisar a proposta de aplicação. Cita também o relatório do inquérito, que no caso do Cuiabá Prev não houve prejuízo, pois o conselho curador da entidade não deu aval para a realização da aplicação.
“Essa é a verdade dos fatos. Que prejuízo eu poderia ter dado ao Cuiabá Prev se nem presidente da entidade era na época! E muito menos tive contato com essa corretora, como demonstra a ata do conselho e o processo da justiça federal com 4.500 folhas, que contém centenas de gravações telefônicas, que apurou os fatos aqui narrados. O Juca me telefonou pedindo desculpas depois de ter falado esse absurdo na sessão, mas mesmo assim resolvi processá-lo para dar um basta neste fake news. O que o Juca deveria se lembrar é o fato dele ter em 2013, indicado o Bolanger de Almeida para presidente do Cuiabá Prev, no lugar do Taveira. Indicou também um irmão dele para um cargo estratégico na previdência. O Juca sabe que me atacou de forma gratuita, sem provas, somente para fazer média com o prefeito que faço oposição. Agora, ele vai ter que se retratar na justiça”, disse Dilemário.
O vereador Dilemário foi atrás de documentos da investigação desse caso. Confira: