A líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, Angélica Saraiva de Sá, a Angeliquinha, de 34 anos, é condenada a mais de 250 anos de prisão por homicídio, tráfico e organização criminosa. Ela é apontada como mandante de diversas execuções em Mato Grosso, como a do ativista LGBTQIA+ Rogério Diego dos Santos, conhecido por sua performance como a drag queen Julya Madsan, e de quatro trabalhadores em Nova Monte Verde, em 2022.
Como já informado pelo RD News, Angeliquinha fugiu da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, localizada em Cuiabá, na madrugada desse domingo (17). Ela escapou junto da também liderança do CV, Jessica Leal da Silva, conhecida como Arlequina, de 34 anos.
Em março do ano passado, Angeliquinha foi condenada a 28 anos, 6 meses e 6 dias de prisão pelo homicídio de do ativista LGBTQIA+ Rogério Diego dos Santos. O homicídio aconteceu em novembro de 2021 e a investigação apontou que o crime foi motivado pelo furto de uma televisão de um dos autores, que supostamente teria sido praticado por Rogério, além de drogas que ele estaria vendendo e que não pertenceriam ao Comando Vermelho.
Angeliquinha também foi condenada por mandar matar os trabalhadores Alan Rodrigues Pereira, Caio Paulo da Silva, Jefferson Vale Paulino e João Vitor da Silva, em agosto de 2022, na Fazenda São João, em Nova Monte Verde (a 968 km de Cuiabá).
Ela recebeu condenação de 99 anos e 11 meses de reclusão e ao pagamento de 10 dias-multa, em março deste ano. Segundo o Ministério Público, o grupo foi torturado, sendo que duas pessoas foram mortas a pauladas e outras duas tiveram o pescoço cortado. O crime ocorreu em uma fazenda, e os corpos foram abandonados próximos a uma rodovia. O carro das vítimas foi encontrado incendiado em uma área de mata.
As execuções teriam sido ordenadas por Angélica após ela ver uma foto de uma das vítimas supostamente fazendo um gesto de facção com as mãos.
Angelica fugiu e ainda não foi localizada. Segundo a Secretaria de Justiça, equipes das forças de segurança fazem buscas por ela e por Arlequinha. O Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE) presta apoio na segurança da unidade prisional. (RD News)