Deputado reclama de vacinação de ‘guris’ de 18 anos com comorbidades e supõe laudos falsos

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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi criticado pelo deputado Wilson Santos (PSDB), por ter aberto a vacinação da população com comorbidades a partir dos 18 anos. O tucano cita o polo de vacinação aberto na Assembleia Legislativa (ALMT) e afirma que muitos jovens estão sendo vacinados com laudos médicos falsificados.

“O prefeito Emanuel Pinheiro tá autorizando vacinar guri de 18 anos, a maioria com laudo médico falso, adulterado. Tenho 59 anos e 9 meses e não posso vacinar. É só ir aqui no polo da Assembleia, que vamos ver menino de 18, 19 e 20 anos vacinando”, afirmou em discurso na tribuna, durante sessão desta quarta-feira (26).

“Tenho 59 anos e 9 meses e não posso vacinar. É só ir aqui no polo da Assembleia, que vamos ver meninos de 18, 19 e 20 anos vacinando. A aplicação da vacina em pessoas entre 18 e 29 anos de idade com comorbidades ou deficiência permanente começou a ser realizada nesta quarta. Atualmente, o município vacina pessoas com síndrome de Down (a partir de 18 anos); gestantes e puérperas com comorbidades (a partir de 18 anos); pessoas com comorbidades de 18 a 59 anos; pessoas com deficiência permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) (ou que apresentem documentação que comprove a deficiência) de 18 a 59 anos; forças de Segurança e Salvamento; e idosos acima de 60 anos.

De acordo com Wilson, o prefeito não segue o Programa Nacional de Imunização (PNI). Cobra que o emedebista volte a vacinar de acordo com a faixa etária, avançando nos grupos com menos de 60 anos.

“Quero pedir ao prefeito que utilize critérios justos. Aqui tá cheio de rapaz que faz musculação, com calça apertada, camisetinha sem manga, rindo da cara das enfermeiras com laudo falso, mentiroso, dado por alguns irresponsáveis. Prefeito volte a vacinação respeitando o Plano Nacional de Vacinação e a faixa etária”, reclamou.

No entanto, o PNI não prevê a vacinação dos grupos com menos de 69 anos. Até o momento, o Ministério da Saúde estabelece que, após os idosos com no mínimo 60 anos, a vacinação deve ser feita nos grupos com comorbidades.

São 22 as comorbidades incluídas como prioritárias, entre elas obesidade mórbida, diabetes, insuficiência cardíaca, doenças cardiovasculares e doenças renais crônicas. Ainda há outras 15 categorias entre as consideradas preferenciais pelo governo federal. As mais populosas, na estimativa do ministério, são as de pessoas com deficiência permanente, trabalhadores industriais, trabalhadores da educação dos ensinos básicos e superior.

Fonte: Olhar Direto