A deputada federal eleita Amália Barros (PL) criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que fez um despacho nesta terça-feira (22), em pouco mais de uma hora, após o PL Nacional ingressar com uma representação eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para verificação extraordinária na qual questiona o resultado do segundo turno da eleição presidencial.
No despacho, Moraes deu 24 horas para a sigla do presidente apresentar o relatório completo sobre o suposto mau funcionamento das urnas. “Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”, diz trecho do documento assinado pelo ministro. Para a nova parlamentar, que assume a partir de 2023, o presidente da Corte tem intenção de causar pressão política dentro do partido.
Esse é o despacho mais rápido da história do Alexandre de Moraes, querendo gerar uma reação política, pedido para o PL apresentar as falhas também do primeiro turno, o que não está em jogo, porque a gente está junto independente, mesmo que isso resulte na nossa própria eleição”, afirmou em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram.
“A gente tem como foco e objetivo a transparência das eleições e o futuro do nosso País. Isso não gerará uma reação politica dentro do PL, a gente está junto em busca de mais transparecia de todo processo eleitoral”, completou.
Entenda
O PL pede a anulação de 279.336 urnas eletrônicas, que são de modelos anteriores ao 2020. O partido alega que ocorreram falhas insanáveis, que colocam em risco o resultado do pleito. Para a sigla, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria ganho as eleições com 51,05% dos votos.
A ação faz parte de uma sequência de movimentações do partido que lançou Jair Bolsonaro como candidato à Presidência da República neste ano. Em setembro, dias antes da votação, o PL lançou uma nota, que não estava assinada, questionando a integridade do sistema eleitoral.
O texto falava em um relatório de auditoria que apontava fragilidades de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação.
Na semana passada, um documento que circulou na imprensa apontava que o PL pediria a anulação dos votos apontando supostas falhas no sistema das urnas e no registro de número de patrimônio dos equipamentos.
Fonte: Folhamax