Delegado rebate advogado e aponta elementos para prender empresária

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O delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que Polícia Civil Judiciária Civil de Mato Grosso trabalhou de forma técnica quando prendeu a empresária e farmacêutica Maria Angélica Caixeta Gontijo, de 40 anos. Ela é suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, em 5 de dezembro do ano passado.

A declaração do delegado busca contestar o advogado criminalista Eustáquio Neto, que faz a defesa da empresária. Durante uma entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (23), o jurista afirmou que a equipe de investigação da DHPP pode ter cometido “equívocos” contra sua cliente.

“A DHPP tem feito um excelente trabalho, queremos expressar nossa admiração pela rapidez e eficiência em relação aos atiradores. Eles foram presos em um tempo muito curto. No entanto, com o máximo respeito, acreditamos que em relação a Maria Angélica houve um grave equívoco”, declarou o advogado em entrevista à rádio CBN Cuiabá.

Já Nilson Farias defendeu o trabalho da Polícia Judiciária Civil ao pontuar que a prisão temporária não significa que a pessoa é culpada.

“A PJC trabalha de forma técnica. O pedido de prisão passa pela análise do Ministério Público e do Poder Judiciário, e foi entendido que existiam elementos. A prisão temporária é uma prisão de investigação; quando a prisão é revogada, não significa necessariamente que a pessoa seja culpada, pois ela ainda está sob investigação”, declarou Farias.

Maria Angélica foi solta no último dia 19 por decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo). O magistrado acolheu pedido da defesa, que expôs trechos do depoimento do pedreiro Antônio Gomes da Silva, de 56 anos, onde afirma que o mandante do assassinato seria um homem com sotaque italiano. Maria Angélica estava reclusa no Presídio Feminino Ana Maria do Couto, na Capital. O juiz a colocou em liberdade, mas impôs algumas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a suspensão do certificado de Colecionador Atirador Desportivo e Caçador (CAC) da empresária.

Roberto Zampieri foi assassinado na noite de 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

Além de Maria, também são investigados pelo crime Antônio Gomes da Silva, que é apontado como o executor; Hedilerson Fialho Martins Barbosa como intermediário e o coronel do Exército Brasileiro em Minas Gerais, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador. Antônio e Hedilerson estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Fonte: Folhamax