O delegado Caio Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o policial militar Raylton Mourão está escondendo a identidade do comparsa que pilotava a motocicleta usada no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, cometido no dia 11 deste mês, em Várzea Grande.
Segundo o delegado, Mourão confessou a autoria dos disparos, mas omitiu informações cruciais para esclarecer totalmente o crime. Além de não revelar quem era o piloto da moto, o policial também não indicou o paradeiro da arma nem do veículo.
“Ele confessou, mas foi uma confissão fatiada. Ele não quis dizer quem é o piloto da moto, ele não quis dizer onde está a arma e onde está a moto. As investigações estão no prazo de [prisão] temporária, uma prisão que serve também para que o investigado, caso queira, junto com o seu advogado venha e preste mais esclarecimentos. Então, nesses 30 dias sequentes, podemos ter o desdobramento”, disse.
O delegado também esclareceu que nos próximos dias as investigações devem avançar e espera que o PM faça uma confissão mais detalhada do crime.
“A gente acredita muito que o policial militar que foi preso, que ele diga quem é o comparsa, porque é uma cena que tem duas pessoas, não está só ele. São dois homens. A gente pode afirmar que a mulher não estava na execução, então que diga quem é essa pessoa. Que assim como confessou, que faça uma confissão detalhada e não uma confissão daquilo que mais lhe aprouver”, finalizou.
O caso
No dia 11 de setembro, Rozeli estava saindo de casa para ir trabalhar quando foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta vindo em sua direção. Em determinado momento, o homem que estava na garupa da moto sacou uma arma e atirou várias vezes na personal, que foi atingida no rosto. A ação foi registrada por câmeras de segurança.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, um processo da vítima contra o casal pode motivado o crime. Rozeli processou Raylton e Aline por conta de um acidente de trânsito envolvendo um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade deles, o carro da vítima e uma motocicleta. A personal trainer pedia R$ 9,6 mil por danos materiais e R$ 15 mil por danos morais.
Rozeli Nunes era casada com um caminhoneiro, que estava viajando a trabalho no dia do crime. Ela deixou duas filhas. (Repórter MT)