O delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcel Gomes Oliveira, responsável pelas investigações do duplo homicídio de Thays Machado, 44 anos, e o namorado dela, Willian Cesar Moreno, 30 anos, afirmou que o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra pode pegar uma pena de 40 anos de prisão pelo crime.
O inquérito do caso foi concluído no último dia 27 pela Polícia Civil e enviado ao Ministério Público, que prontamente encaminhou a denúncia ao Poder Judiciário.
Segundo Marcel, caso condenado, Carlinhos poderá pegar uma pena que gira em torno de 40 anos. “A qualificadora por si só já eleva a pena de 12 a 20 anos, e no caso temos dois homicídios qualificados, então acreditamos em uma pena de no mínimo 40 anos. Somando inclusive o crime de perseguição e as condutas criminosas praticadas pelo acusado”, disse.
Após análise do caso, o promotor Jaime Romaquelli, responsável pela denúncia, pediu para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso retirar a qualificadora de “perseguição qualificada”.
Conforme o promotor, para ser considerado crime de perseguição, Thays devia ter ciência de que era seguida e se sentir incomodada com os atos, fazendo a denúncia. Como ela não denunciou, Carlinhos poderia ser beneficiado no julgamento.
“Se o fato não é do conhecimento da vítima ou se, sendo do conhecimento, ela não se sente atemorizada ou incomodada com os atos, não existe o crime”, explica.
Mesmo com Carlinhos tendo um esquema para fazer o monitoramento de todos os passos da vítima, ela não tinha conhecimento. “Por isso foi inserida na denúncia a qualificadora da surpresa, que implica em aumento de pena superior à pena do crime de perseguição”, salienta.
Segundo o promotor, a pena deve ser maior com essa alteração. “Por isso foi inserida na denúncia a qualificadora da surpresa, que implica em aumento de pena superior à pena do crime de perseguição”, salienta Romaquelli.
Fonte: Repórter MT