A cuiabana Elizabeth Campos Cardoso, de 55 anos, que ficou presa injustamente por sete dias na França, após ser barrada pela imigração do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, disse em entrevista no “Encontro” na manhã desta terça-feira (30), que sofreu violência psicológica durante o tempo que ficou detida.
Ela contou que ficou em um local insalubre com agentes da Interpol, tendo seus direitos desrespeitados.
“Foi extremamente terrível o que vivi naquele lugar. Oque passei ali eu não desejo a ninguém. Foram sete dias horríveis. Eles não me bateram, mas eu sofri uma violência psicológica horrível, foi muito difícil de suportar tudo isso”, disse a mulher.
Ela ainda contou que sua família tentou por diversas contatar a embaixada brasileira por dias e somente após cinco dias, conseguiu retorno do representante.
“Eu falei com minha família no primeiro dia que fiquei presa. Os policiais falaram que somente a embaixada poderia me ajudar, mas a embaixada não retornava nosso contato. Somente no quinto dia, um homem grosso entrou em contato com a Interpol, para só aí, dar andamento as minhas solicitações”, declarou.
Elizabeth retornou para Cuiabá no último domingo (28) ao desembarcar no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Ela foi recebida pela família que irá ingressar com um processo contra a União por danos materiais e sofrimento psicológico.
O caso
Segundo as informações, a fiscalização disse que o passaporte apresentado por Elisabeth constava como furtado ou extraviado, em Portugal, desde o dia 24 de agosto de 2023. Por conta disso, o nome dela estava na lista da Interpol. O passaporte e os pertences da cuiabana foram retidos.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a filha de Elizabeth, Karoline Cardoso, disse que a mãe nunca passou por Portugal e que a família estava implorando por ajuda do Consulado-geral do Brasil na França.
A brasileira desembarcou na França na sexta-feira (19), mas sequer conseguiu visitar amigos, que era o objetivo da viagem. Elizabeth passou pela imigração, foi detida e passou pela audiência de custódia na quarta-feira (24), onde foi informada que somente o consulado poderia agir em seu favor.
Fonte: Repórter MT