Cuiabana que disputa concurso mundial de beleza na Índia atua como médica no SUS; saiba mais

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A médica dermatologista Aline Grasielli Monçale, de 35 anos vai representar o Brasil no concurso Mrs Glam World, que acontece entre os dias 3 a 9 de junho, em Kochi, na Índia. Aline embarcará nesta quinta-feira (30) para disputar a coroa mundial.

Ao g1, a dermatologista contou que antes de conquista os títulos de Miss Beleza de Cuiabá, Miss Beleza da Baixada Cuiabana, Miss Beleza do Centro-Oeste e Miss Real Beleza, ela fez parte dos bastidores de diverso concursos como palestrante, jurada e dermatologista das misses.

Segundo ela, a empresa organizadora do concurso é a única que decidiu excluir a ‘rodada Biquíni’ dos concursos. Ela disse que, em vez disso, os fatores de avaliação serão o talento e a personalidade das candidatas.

Em concursos de beleza, é comum ter a "rodada bíquini" onde as candidatas precisaram desfilar com bíquinis. — Foto: Fábio Tito/G1

Em concursos de beleza, é comum ter a “rodada bíquini” onde as candidatas precisaram desfilar com bíquinis. — Foto: Fábio Tito/G1

O sonho

Aline Grasielli Monçale, Miss Beleza da Baixada Cuiabana

A cuiabana atende pelo SUS e também realiza um projeto social nas áreas mais afastadas de Mato Grosso — Foto: Divulgação

A miss contou que seu maior objetivo é atingir ainda mais vidas e encorajá-las a fazer a diferença em suas comunidades. Para ela, como médica isso é possível de ser feito, mas “o consultório pode acabar limitando esse acesso”.

Segundo Aline, o ‘mundo miss’ sempre foi sonho dela e com um propósito para inspirar outras mulheres.

“É a plataforma que uso para falar sobre causas femininas como misoginia, desigualdade de gênero e feminicídio”, disse.

Dermatologia em 4 rodas

Além de atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), Aline criou o projeto social ‘Dermatroller’ que tem o objetivo promover o acesso à saúde aos moradores de áreas de mais distantes da capital.

A dermatologista, viaja mensalmente para áreas que apresentam dificuldade de acesso à saúde para atender gratuitamente a população. Para chegar nesses territórios, ela dirige um veículo chamado Troller, conhecido por atravessar terrenos alagados a arenosos.

“A maior dificuldade no Dermatroller são os custos. Já ficamos na estrada a noite, passamos perrengue com ponte quebrada, pane elétrica no carro, mas no fim vale a pena quando você consegue diagnosticar de forma precoce um câncer de pele num pai de família que trabalhou anos ao sol pra tirar o sustento da casa”, contou.

Fonte: G1 MT