Cuiabá pede áudios do VAR e cobra reciclagens dos juízes

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Após ser prejudicado com a arbitragem na partida na noite deste domingo (21) contra o Bahia, o Cuiabá Esporte Clube cobra uma imediata reciclagem dos árbitros que atuam no futebol brasileiro. Além disso, apontou que os juízes têm entrado pressionado nas partidas por conta de erros cometidos nas rodadas passadas.

Na partida deste domingo, o Cuiabá contesta dois gols anulados pela equipe de arbitragem. No primeiro lance, o VAR marcou impedimento de Felipe Marques em passe recebido por Max. Porém, a imagem mostrou claramente que a bola já tinha saído dos pés do meia Max após o VAR traçar as linhas de impedimento.

“O Raphael Claus é um dos melhores árbitros do quadro nacional, é um árbitro FIFA, sempre com atuações seguras, os jogadores respeitam muito e consegue ter o controle da partida. E ontem tivemos dois erros gravíssimos. O primeiro erro o VAR marcou a linha no momento errado, depois da bola ter saído do pé do Max. Gravíssimo. O segundo marcou uma falta inexistente e que o árbitro estava de frente”, diz o vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch.

Dresch disse que o clube irá pedir ainda os áudios do VAR nos lances. O dirigente ainda criticou o fato dos juízes entrarem nos jogos “pressionados”. Ele citou que o Bahia havia reclamado muito da arbitragem contra o Flamengo há alguns dias. Por sua vez, antes dessa partida, o Flamengo tinha criticado os juízes que apitaram a partida contra a Chapecoense.

“O Cuiabá não precisa ser ajudado, só precisamos não ser prejudicados. Deixamos de fazer três pontos por dois erros de arbitragem. Isso não pode acontecer. Essas pressões estão atrapalhando. Não adianta ir à mídia chorar e criar pressão. Não queremos nenhuma vantagem. Ele estava pressionado, foi feito toda uma campanha, e ele na dúvida ia dar sempre a favor do mandante”, completou o vice-presidente

Íntegra da nota do Cuiabá:

Na noite deste domingo (21), o Cuiabá foi claramente prejudicado pelas decisões equivocadas dos árbitros no empate sem gols com o Bahia, na Arena Fonte Nova, pela rodada 34 do Brasileirão.

A diretoria do clube enviou um ofício para a Comissão de Arbitragem referente aos erros do árbitro Raphael Claus e demais membros da arbitragem, com cobranças sobre as graves falhas cometidas no duelo, sugerindo uma reciclagem para o qualificado árbitro. O clube pediu ainda uma análise um parecer da Ouvidoria, além de solicitar os áudios do VAR nos lances.

O Dourado teve dois gols mal anulados, mesmo com a intervenção do VAR no lance do impedimento inexistente após o toque de Max para Felipe Marques.

Com a implantação do VAR, a FIFA realizou alguns ajustes nas regras e definiu que o sistema de tecnologia tem que captar a imagem para definir a linha de impedimento no momento zero, ou seja, no contato da bola para o passe e não no momento um, na saída da bola. Essa definição veio para não deixar nenhuma dúvida ao analisar a imagem em câmera lenta. No caso do Dourado, a imagem mostrou claramente que a bola já tinha saído dos pés do meia Max após o VAR traçar as linhas de impedimento.

A atuação infeliz dos árbitros na partida ainda teve a marcação de uma falta inexiste no que seria o segundo gol do Dourado na partida, em cabeçada de Jenison.

– O Raphael Claus é um dos melhores árbitros do quadro nacional, é um árbitro FIFA, sempre com atuações seguras, os jogadores respeitam muito e consegue ter o controle da partida. E ontem tivemos dois erros gravíssimos. O primeiro erro o VAR marcou a linha no momento errado, depois da bola ter saído do pé do Max. Gravíssimo. O segundo marcou uma falta inexistente e que o árbitro estava de frente – reclamou o vice-presidente Cristiano Dresch.

O Cuiabá vem a público pedir lisura e imparcialidade dos árbitros nesta reta final de Série A do Brasileiro. O clube, prestes a completar 20 anos, tem um trabalho sério e honesto e não irá admitir mais erros dessa natureza que podem custar o esforço de um ano inteiro.

– Os árbitros estão entrando nos jogos pressionados. Essa pressão acaba virando uma bola de neve. O que aconteceu em Flamengo e Bahia foi um reflexo do que o Flamengo fez por causa do jogo da Chapecoense. E o Bahia fez um escarcéu enorme na mídia. Aí cria uma pressão desnecessária na arbitragem. Quem arcou com as consequências dessa pressão foi o Cuiabá. O árbitro não estava mal-intencionado, mas a pressão era tão grande nas costas que ele vai marcar a favor do prejudicado antes. O mínimo que ele deveria ter feito era ter revisado o segundo gol pelo VAR. O Cuiabá não precisa ser ajudado, só precisamos que não sejamos prejudicados. Deixamos de fazer três pontos por dois erros de arbitragem. Isso não pode acontecer. Essas pressões estão atrapalhando. Não adianta ir à mídia chorar e criar pressão. Não queremos nenhuma vantagem. Ele estava pressionado, foi feito toda uma campanha, e ele na dúvida ele ia dar sempre para o mandante – completou o vice-presidente.

Fonte: Folhamax