Cuiabá é a 26ª cidade mais urbanizada do país

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Quatro cidades mato-grossenses com faixa populacional acima de 100 mil habitantes contam com as maiores áreas urbanizadas, em Mato Grosso. São elas, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, totalizando 299,78 quilômetros quadrados (Km2). Já num ranking com os 30 municípios brasileiros com as maiores manchas urbanas, segundo a classificação de densidade, a capital do Estado ocupa a 26ª colocação.

De uma área total de 116,49 km2, Cuiabá possui 112,27km2 (96,38%) com densa urbanização e, apenas, 4,22km2 (3,62%), poucos densos. O levantamento faz parte da segunda parte da publicação “Áreas Urbanizadas do Brasil 2015”, que engloba as concentrações urbanas com população entre 100 mil e 300 mil habitantes, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo foi divulgado ontem (20), pelo órgão federal.

Segundo o estudo, 84% das concentrações urbanas do país são classificadas como densas, o que é um indicativo da consolidação do processo de urbanização. “Podemos pensar em áreas densas como aquelas com uma casa ao lado da outra, com quintal, padrão de arruamento, até áreas com prédios”, disse Maurício Gonçalves e Silva, geógrafo do IBGE. Ainda segundo ele, as áreas pouco densas, que completam os outros 16%, são aquelas com construções mais espaçadas e muitos terrenos vazios.

Do Estado, o segundo município com maior concentração é a vizinha cidade de Várzea Grande. Por lá, dos 66,03km2, um total de 62,85km2 (95,18%) possuem densa concentração, e 3,18km (4,82%), pouca. Depois vem Rondonópolis (210 quilômetros, ao sul da capital), onde de um total de 64,13km2, 91,5% (58,68km2) contam com densa área mancha urbanizada. Já em Sinop (503 quilômetros, ao norte da capital), são 51,13km2, dos quais 40,86km2 (79,91%) considerados como densos e, 10,27km2 (20,09%), com pouca urbanização.

Segundo o IBGE, nessa etapa, foram adotados os mesmos procedimentos metodológicos da primeira fase, dedicada às concentrações urbanas com população acima de 300 mil habitantes. O objetivo do projeto é fornecer um panorama do processo de urbanização do país. A publicação está alinhada às necessidades dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em sua primeira etapa, divulgada em 27 de julho de 2017, o projeto mapeou 63 concentrações urbanas brasileiras com população acima de 300 mil habitantes e os municípios de Boa Vista (RR) e Palmas (TO), representado uma área de 15.167,40 km².

Nessa segunda etapa, foram mapeadas 120 concentrações urbanas distribuídas em 22 Unidades da Federação, totalizando uma área de 4.885,17 km². Os estados do Acre (AC), Amapá (AP), Sergipe (SE) e o Distrito Federal (DF) não apresentaram concentrações urbanas com população dentro da faixa selecionada nesta etapa. Já Roraima (RR) teve sua única concentração urbana com população acima de 100 mil habitantes (Boa Vista) delimitada na etapa anterior, por se tratar da capital do estado.

As concentrações urbanas com maiores áreas urbanizadas delimitadas nessa etapa do projeto foram Caraguatatuba/Ubatuba (SP), Itu/Salto (SP) e Cascavel (PR). As três menores concentrações urbanas identificadas foram Cametá (PA), Parintins (AM) e Abaetetuba (PA).

O estado de São Paulo se destaca por conter 6 das 10 concentrações urbanas de faixa populacional entre 100 mil e 300 mil habitantes com maiores áreas urbanizadas. “Uma concentração urbana pode ter só um município, como é o caso de Uberlândia (MG), mas também pode ser um conjunto de municípios, como é o caso do Rio de Janeiro”, explicou o geógrafo Maurício Gonçalves.

Fonte: Diário de Cuiabá