Criança conta ao pai que a própria vítima efetuou o disparo com arma de fogo

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Em depoimento à Polícia Civil o pai da menina de 5 anos que presenciou a morte da prima Eloá Oliveira, 2, nessa quinta-feira (11) disse que sua filha lhe contou que a própria vítima efetuou o disparo que tirou sua vida. Ele também afirmou que não sabia que havia uma arma na casa.

A.S.C.O., pai da criança de 5 anos, é sobrinho do segundo sargento da Polícia Militar, Elienay Pinheiro, dono da arma. Ele relatou que chegou em Cuiabá no último dia 6 de maio, vindo do Rio de Janeiro, com sua filha para passar férias até o próximo dia 28. Ele ficou hospedado na casa de seu tio Elionay.

Ele contou que por volta das 9h25 estava fazendo arroz na parte dos fundos da casa quando ouviu um barulho, porém pensou que tinha sido na casa ao lado. Logo depois ele viu que Elionay apareceu falando ao telefone e sua filha veio correndo em sua direção. Neste momento ele soube que Eloá havia sido atingida.

O pai da menina de 5 anos disse que não foi ao quarto onde estava o corpo de Eloá, preferiu ficar com sua filha que estava assustada. Ele afirmou que não sabia da existência da arma na casa.

Em um primeiro momento, sua filha, que estava muito assustada, não contou nada. No entanto, quando se acalmou depois ela relatou como o fato ocorreu.

A menina disse ao pai que estava na sala assistindo televisão quando Eloá saiu do quarto dos pais, onde estava brincando, e veio até ela dizendo “venha ver o que eu achei”. A criança de 5 anos então acompanhou a prima até o quarto e viu Eloá abrir a gaveta para procurar a arma para mostrá-la.

“[Sua filha] falou que assim que a Eloá pegou a arma houve o disparo; Que, logo depois a [sua filha] , falou que chegaram no quarto o irmão da Eloá, menor de idade de nome […], que estava na sala fazendo deveres da escola, e o Elionay”, diz trecho do depoimento.

“O depoente informa estar muito abalado e sentido com o ocorrido, e que a [sua filha] estava ‘meio aérea’, sem entender o que tinha ocorrido”, disse também.

Uma ação já tramita no Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá. Consta no processo que a arma de Elionay, um Revólver Taurus, já foi apreendida, juntamente com um estojo deflagrado, um projétil deflagrado, um coldre para revolver e 5 munições intactas. Elienay já foi intimado a comparecer a uma audiência no Juizado.

Fonte: Gazeta Digital