Corregedoria da polícia pede saída de delegado após denúncias de propina e assédio sexual em MT

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A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso pediu a remoção do delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres da delegacia de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, nessa quarta-feira (29), após denúncias de propina e assédio sexual. As informações são do portal G1 MT.

Ao g1, João Antônio negou todas as acusações e disse que irá aguardar a notificação para se pronunciar sobre o caso.

Em nota, a Polícia Civil confirmou a abertura pela Corregedoria-Geral da instituição de procedimento para apurar denúncias contra o delegado, “sendo sugerido à Diretoria Geral a remoção do servidor para melhor andamento dos trabalhos investigativos”.

A Corregedoria-Geral informou que não vai comentar sobre o caso até a conclusão das investigações.

De acordo com o pedido de afastamento, um relatório técnico de outubro de 2024 aponta o delegado como envolvido em casos de recebimentos de valores e vantagens indevidas, além de assédio sexual contra uma servidora.

Recebimento de propina e assédio

Conforme a corregedoria, João Antônio teria solicitado R$ 30 mil ao dono de um veículo para não instaurar inquérito policial após um acidente de trânsito. Ele também teria recebido R$ 40 mil de um advogado para arquivar um inquérito relacionado a falsidade ideológica em documentos de propriedade rural.

Em outra acusação, o delegado teria utilizado uma empresa de grãos, do qual seria sócio, para movimentar recursos ilícitos.

O documento também aponta que o oficial teria transferido para si próprio um inquérito que estava distribuído para outra delegada para atender aos interesses de terceiros. Ele também teria cobrado valores em troca de proteção e recebido vantagens indevidas para não dar andamento nas investigações que apurava crimes de uma empresa.

O pedido de remoção aponta ainda que João Antônio teria assediado sexualmente uma servidora que foi exonerada após ausência de prosseguimento do caso devido à amizade entre o delegado denunciado e a delegada titular.

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil determinou a investigação por meio de entrevistas, buscas por testemunhas e diligências que possam confirmar a veracidade das acusações.

Fonte: G1 MT