Corpo de professor Celso Odinir é encontrado em Cuiabá; ele teria enganado ladrões

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O corpo do professor Celso Odinir Gomes, de 60 anos, foi localizado pelos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) em Cuiabá, em região de mata na Rodovia Palmiro Paes de Barros, nesta sexta-feira (10).

Quatro pessoas suspeitas de envolvimento na morte do educador foram presas, sendo dois menores de idade. Informações preliminares dão conta de que o corpo foi queimado. (Mais informações sobre isso ainda hoje).

O educador estava desaparecido desde a última sexta-feira (3). Ele integra o quadro de docentes do Colégio Salesiano Santo Antônio e desapareceu quando saiu de Cuiabá com destino a Santo Antônio de Leverger (34 km de Cuiabá), onde iria passar o fim de semana em seu sítio, mas não chegou ao destino.

O carro de Celso já foi localizado nesta terça-feira (7) e passou por perícia.

Teria enganado ladrões

Desaparecido há sete dias, o professor de matemática Celso Odinir Gomes, de 60 anos, foi alvo de criminosos que o sequestraram na última sexta-feira (03) enquanto ele ia para sua chácara no município de Santo Antônio de Leverger. Os criminosos tentaram roubar dinheiro das contas do professor, mas não conseguiram acessar os aplicativos no celular. Suspeita-se que Celso passou a senha errada de propósito aos criminosos.

A avaliação é do delegado Roberto Amorim, do núcleo de desaparecidos da Delegacia Especializada de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista ao Estadão Mato Grosso. Para o delegado, que já considera o caso como um possível latrocínio, que é o roubo seguido de morte, a ação de Celso de passar as senhas erradas pode ter custado a sua vida.

“Acreditamos que a própria vítima passou a senha errada e conseguiu bloquear as contas. Eu também acredito que como ele era um professor, ele muitas vezes pode ter sentido aquela facilidade do ‘eu vou tentar argumentar com esse pessoal, vou dar a senha errada, vou tentar argumentar com esse pessoal porque eu tenho um poder de argumentação bom’. E pode ter saído errado”, disse o delegado.

A tese do latrocínio se sustenta na avalição de Roberto porque os criminosos responsáveis pelo crime ficaram vários dias com o carro, sendo ele dispensado somente em um matagal próximo ao bairro Santa Terezinha e encontrado na última terça-feira (07). (HNT/Estadão de MT)