Copa e festas de fim de ano devem aumentar casos de Covid em dezembro

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Com as reuniões entre amigos para assistir aos jogos da Copa do Mundo e as festas de final de ano, o mês de dezembro deve registrar um aumento no número de casos de Covid-19, segundo o secretário de Atenção e Vigilância em Saúde do Estado, Juliano Melo. Ele afirma que essa é uma preocupação e que o cuidado terá de ser redobrado nesta época, já que a subvariante da ômicron B.Q.1 circula em Mato Grosso.

“Temos uma subvariante com alta taxa de transmissão e muitos casos assintomáticos. Isso preocupa porque esses assintomáticos podem transmitir a doença para grupos muito vulneráveis, sem saber que estavam infectados”, explica.

O secretário estima que o aumento de casos deve acontecer no meio de dezembro, já que a nova subvariante tem uma rápida transmissão. Conforme explica, nos últimos 15 dias, o estado já vem registrando maior número de infectados pela Covid-19.

“Por causa da vacinação, o número de internações não vem acompanhando o aumento de casos, felizmente. A maioria dos infectados estão vacinados e o organismo responde. A vacina protege de um agravamento da doença. O que preocupa é o grupo transmitir para grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos, ou mesmo os imunossuprimidos”, afirma.

Esses grupos são mais vulneráveis porque os idosos perdem o efeito da vacina mais rapidamente e as crianças têm uma cobertura vacinal menor, explica Juliano.

A Secretaria de Estadual de Saúde informou também que irá notificar os municípios quanto ao uso de máscara de proteção, para evitar o aumento de casos.

Cobertura vacinal

Segundo o secretário, cerca de 1,5 milhão de pessoas estão com a cobertura vacinal incompleta em Mato Grosso. “Hoje, mais da metade da população não tomou ainda alguma dose da vacina. As doses chegaram para o estado e só precisamos que as pessoas se vacinem. As doses têm prazo de validade. Vacinar é o principal cuidado e a ação principal para que a taxa de internação não aumente”, conclui.

Na última semana, o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) recomendou o retorno do uso das máscaras para pessoas com sintomas gripais e crianças de 5 a 11 anos em ambiente escolar. A orientação também vale para ambientes fechados com aglomeração ou de ventilação prejudicada.

Segundo Juliano, a recomendação foi feita para as crianças especificamente pela cobertura vacinal da 2ª dose, que hoje está em 27% no estado na faixa etária de 5 a 11 anos.

Fonte: RD News