Policiais de Cuiabá prenderam, nesta terça-feira (22), mais um integrante de um grupo criminoso envolvido em extorsão e agiotagem. O suspeito, de 51 anos, foi preso dirigindo um veículo GM Camaro. Com ele, foram encontradas duas notas promissórias preenchidas, nos valores de R$ 70 e R$ 160 mil. Segundo a Polícia Civil, C.B.T.G.B é comparsa de J.G.B.S da Silva acusado de extorquir e ameaçar uma empregada doméstica na Capital.
A vítima contraiu um empréstimo com J.G.B.S no valor de R$ 2,5 mil em dezembro de 2021. Dois anos depois, quando fez a denúncia da extorsão, o valor da dívida alegado pelo suspeito estava em R$ 28 mil, mesmo a vítima já tendo pago R$ 14 mil ao agiota. A equipe de investigação avalia que possa haver outras vítimas do agiota.
O investigado preso nesta terça-feira foi localizado pela equipe da Derf em um lava-jato de sua propriedade, no bairro Pico do Amor. Além das notas promissórias, os policiais localizaram e apreenderam uma picape Fiat Toro, com registro de roubo ocorrido em 17 de agosto, em uma fazenda em Santo Antônio de Leverger.
O veículo foi tomado de uma vítima que estava sendo extorquida por agiotas por conta de uma dívida no valor de R$ 60 mil, porém, os agiotas alegavam que o valor devido era de R$ 160 mil.
COMPARSA PRESO
No dia 15 de agosto, o desembargador Gilberto Giraldelli negou habeas corpus ao fazendeiro J.G.B.S. No pedido de HC, a defesa argumentou que os elementos trazidos pela acusação não são suficientes para indicar que houve crime de extorsão.
A tese, contudo, foi, a princípio, descartada pelo desembargador Gilberto Giraldelli. No entendimento do magistrado, diante da complexidade dos fatos apresentados, se faz necessária uma análise acurada dos elementos de convicção constantes nos autos. A análise cuidadosa, porém, não é possível em sede de medida liminar. (HNT)
