O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Carlos Avallone (PSDB), notificou a Assembleia Legislativa pra solicitar que a Usina de Manso libere uma vazão maior de água da represa de Manso ao Rio Cuiabá, um dos afluentes das águas do Pantanal, devido a seca severa prolongada prevista pela Agência Nacional das Águas (ANA).
O deputado relatou que as reuniões do Comitê Estadual de Gestão do Fogo deixaram claro que Mato Grosso enfrentará uma onda de incêndios florestais no Pantanal, que já estão acontecendo em larga escala em Mato Grosso do Sul, e o aumento da água na região é fundamental para reduzir o impacto do fogo.
A informação foi anunciada na Tribuna da ALMT ao final da segunda sessão legislativa de quarta-feira (12) pelo próprio Carlos Avallone.
“O Pantanal é mais importante que a energia que Manso produz. […] Que nós teremos incêndios no Pantanal, isso é um fato. Não tem como escapar disso.O que não podemos é deixar chegar aos níveis de 2020 […] Lá os incêndios estão muito fortes já. Corumbá tem uma nuvem de fumaça enorme sobre ela”, disse, ao pedir o contato imediato com a Eletronorte, administradora da Usina.
De acordo com ele, no entanto, todas as medidas possíveis estão sendo tomadas pelas autoridades e sendo acompanhadas pela Assembleia Legislativa. Foram feitas parcerias entre o governo do Estado, governo Federal, Instituto Chico Mendes da Biodiversidade, Ibama, Forças Armadas e iniciativa privada para criar uma força tarefa no Pantanal.
Ao longo da rodovia Transpantaneira foram construídos três poços artesianos para darem suporte às ações do Corpo de Bombeiros. O Aeroporto no Pixaim também foi ampliado para atender as aeronaves de combate a incêndio.
Na região do Pantanal de Barão de Melgaço estão sendo abertos cerca de 400 quilômetros de estradas vicinais para facilitar o alcance das viaturas do Corpo de Bombeiros. O Exército Brasileiro forneceu uma embarcação para ações de difícil acesso por terra e na região de Cáceres foi feita uma parceria com o Sindicato Rural para preparar uma brigada civil.
Em Mato Grosso, foram registrados 570 focos de incêndio em 2024, enquanto em 2023, no mesmo período, ocorreram 50. Contudo, somente dois focos de incêndio ainda não estavam sob controle do Corpo de Bombeiros até terça-feira (11). A atuação das forças de combate ao fogo tem objetivo de minimizar os danos causados pelas queimadas.
Fonte: Leiagora