O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) que revelou que após quatro meses de queda, o setor de serviços voltou a crescer em grande parte dos estados brasileiros. A tendência, entretanto, não foi acompanhada por Mato Grosso.
Em todo o Brasil, o setor de serviços avançou 5% na passagem de maio para junho e interrompeu uma sequência de taxas negativas dos quatro meses anteriores, quando havia acumulado uma perda de 19,5%. Em contrapartida, três estados continuam em queda, incluindo Mato Grosso (-3,2%), Paraná (-1,0%) e Espírito Santo (-3,2%), que registraram os principais impactos negativos em termos regionais.
Entre os locais que apontaram resultados positivos nesse mês, São Paulo (5,1%) registrou o crescimento mais importante, após ter recuado 19,5% entre fevereiro e maio deste ano. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio de Janeiro (3,6%), de Minas Gerais (4,7%), do Rio Grande do Sul (6,6%) e do Distrito Federal (6,6%).
Apesar do avanço de 5% em junho no país, o setor de serviços fechou o primeiro semestre de 2020 recuando 8,3%, com queda em quatro das cinco atividades pesquisadas. A pesquisa aponta a influência do fechamento dos estabelecimentos durante o isolamento social na queda do setor de serviços prestados às famílias, que recuou 35,2% no período. A queda foi influenciada principalmente pela retração nas receitas de restaurantes, hotéis, bufê e outros serviços de comida preparada.
A pesquisa não menciona Mato Grosso em relação ao turismo. Nacionalmente, o índice de atividades turísticas teve alta de 19,8% em junho. Vale destacar, contudo, que o segmento de turismo havia mostrado uma expressiva perda acumulada entre março e abril (-68,1%), reflexo do fato de que as medidas preventivas ao rápido espalhamento da covid-19 (como o estímulo ao isolamento social) terem atingido de forma mais intensa e imediata boa parte das empresas que compõem as atividades turísticas, principalmente, transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.
Fonte: PNB Online