Com inauguração nesta sexta, Hospital Central iniciará funcionamento em etapas a partir de janeiro

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Hospital Central - Crédito: Luciano Campbell/ALMT

O secretário Gilberto Figueiredo (Saúde) esclareceu que o Hospital Central, em Cuiabá, que será inaugurado oficialmente nesta sexta-feira (20), terá o funcionamento iniciado de maneira gradual a partir de janeiro de 2026. Segundo ele, o primeiro paciente será atendido no dia 19 de janeiro, quando começa a primeira etapa de operação da unidade.

Em entrevista ao PodOlhar, Gilberto explicou que o contrato firmado com o Hospital Albert Einstein, responsável pela gestão da unidade, prevê um prazo de até 30 dias entre a entrega integral da estrutura e o início do atendimento aos pacientes. “O primeiro paciente vai entrar no Hospital Central no dia 19 de janeiro, que é quando se inicia a primeira etapa de funcionamento”, afirmou.

De acordo com o secretário, o hospital foi planejado para operar em quatro etapas, tanto do ponto de vista assistencial quanto financeiro. A implantação gradual ocorre devido à complexidade da estrutura, que conta com 287 leitos, dez salas cirúrgicas, incluindo cirurgias robóticas, além de serviços de hemodinâmica e unidades de terapia intensiva. “Um hospital dessa magnitude é quase impossível apertar um botão e no outro dia estar tudo funcionando”, disse.

Gilberto destacou que, embora a maior parte da estrutura física e dos equipamentos já esteja pronta, as equipes estão sendo contratadas, treinadas e alocadas progressivamente. A expectativa é que, em até quatro meses, todos os leitos e centros cirúrgicos estejam operando em sua capacidade máxima, com a inclusão mensal de novas especialidades.

O secretário reforçou que o Hospital Central será uma unidade de “porta fechada”, conforme a nomenclatura do Sistema Único de Saúde (SUS), e não atenderá pacientes por demanda espontânea. O acesso ocorrerá exclusivamente por meio do sistema de regulação, a partir de encaminhamentos feitos por unidades básicas, UPAs e outros hospitais. “Não adianta sair de casa e ir direto ao Hospital Central. O paciente vai passar pela regulação, mesmo em casos de urgência”, explicou.

Segundo Gilberto, a prioridade do hospital será a oferta de serviços de média e alta complexidade que atualmente exigem o encaminhamento de pacientes para outros estados ou dependem de decisões judiciais. Entre as áreas citadas estão neurocirurgia, cirurgias cardiológicas, procedimentos pediátricos de alta complexidade e intervenções como a cirurgia robótica. “O hospital nasce com esse perfil de alta complexidade para suprir o que hoje não conseguimos ofertar no estado”, afirmou.

O secretário também ressaltou que a chegada do Hospital Central está inserida em uma estratégia mais ampla de reorganização da rede estadual de saúde, que inclui a construção de quatro novos hospitais regionais no interior, além da modernização das unidades existentes e da ampliação de programas como o Fila Zero na Cirurgia. Segundo ele, a entrada em operação dessas unidades deve acrescentar cerca de R$ 1 bilhão por ano ao custo da saúde estadual.

Durante a entrevista, Gilberto avaliou ainda que a sustentabilidade desse modelo dependerá da continuidade das políticas públicas de saúde nas próximas gestões. “A saúde é a principal necessidade da população. Se o gestor que vier não priorizar isso, pode comprometer todo esse esforço”, afirmou.

O Hospital Central será inaugurado oficialmente nesta sexta-feira (19), com eventos comemorativos previstos na capital. O início efetivo do atendimento à população, no entanto, ocorrerá a partir de janeiro, com ampliação gradual dos serviços até atingir a operação plena. (Olhar Direto)