Com baixa em reservatórios, Mato Grosso corre risco de sofrer apagão histórico

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A secretária do Estado de Meio Ambiente (Sema) Mauren Lazzaretti afirmou que Mato Grosso pode ser afetado por um possível apagão, em decorrência da crise hídrica no Brasil. O questionamento foi feito pela imprensa depois do apelo feito em rede nacional pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para que a população faça um esforço para redução do consumo de energia elétrica.
“Indiretamente [o assunto] está ligado [a minha área] porque nós também avaliamos as condições dos reservatórios, da capacidade e produção de energia. Mato Grosso está ligado ao sistema nacional. Então, se tivermos um apagão, ele será para o país todo, todos vão ter restrições”, afirmou Mauren.

“Não temos alguma beneficie em relação a isso. É um risco que o Brasil todo está correndo se não tivermos condições de suprir essa baixa na geração de energia por causa dos reservatórios estarem abaixo dos níveis normais. É algo que vamos ter que conviver”, acrescentou.

Ainda conforme a titular da Pasta, “Todos os nossos reservatórios estão abaixo. Basta ver que o Manso está a cinco metros abaixo do que era esperado”, finalizou.

Nesta segunda-feira (31), o ministro fez um apelo por um “esforço de redução de consumo” de energia elétrica.

“Além disso, para aumentarmos nossa segurança energética e afastarmos o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a Administração Pública, em todas as suas esferas, e cada cidadão-consumidor, nas residências e nos setores do comércio, de serviços e da indústria, participemos de um esforço inadiável de redução do consumo. O empenho de todos nesse processo é fundamental para que possamos atravessar, com segurança, o grave momento energético que nos afeta, para atenuar os impactos no dia a dia da população e também para diminuir o custo da energia”, diz trecho do pronunciamento.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também confirmou que no mês de setembro as tarifas de energia elétrica terão um novo aumento por causa da falta de chuvas. Com a decisão, o consumidor vai pagar R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, um valor R$ 4,71 mais caro que o valor praticado atualmente, de R$ 9,49. No comunicado, a Aneel afirma que com a baixa nos reservatórios, será necessária a utilização máxima dos recursos termelétricos, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD).

A decisão pelo aumento partiu de uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e os ministros da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), criada em junho para gerir a crise hídrica.

Segundo informações do jornal O Globo, o chefe do executivo pediu que o ajuste só chegasse na conta do consumidor após o dia 7 de setembro, data em que estão marcadas manifestações a favor de seu governo.

Fonte: Olhar Direto