Quando a pessoa busca se garantir de eventuais situações nem sempre tem, na prática, o prometido por empresas. Em Cuiabá, Mato Grosso, uma cliente da seguradora Zurick passa por um dissabor. Não consegue fazer a transferência do seguro para o seu novo carro e foi obrigada a registrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia. Ela é cliente há 3 anos da conceituada empresa fundada na Suíça em 1872, com sede na cidade de Zurique e atuação em mais de 210 países.
Conforme o boletim de ocorrência, a senhora Márcia TCP é cliente da seguradora desde 2021. Há cerca de três semanas vendeu um veículo Kwid, vindo a adquirir um Cronos, da Fiat. Solicitou via atendimento virtual a transferência do seguro para o novo automóvel seguindo a apólice que tem e a mensalidade já devidamente paga (via débito em conta) e vigência até 27 de janeiro de 2024, o que inclui bem material, seguro de vida, acidentes, etc. Em um dos contatos a cliente recebe a informação de que estava havendo mudança no sistema e que o atendimento só poderá ocorrer em primeiro de agosto próximo.
Com viagem definida para este sábado, 29 de julho de 2023 e devidamente informada para a seguradora da urgência, bateu então a preocupação e, lógico desespero na cliente: “tenho um seguro veicular pago na qual sou beneficiária, mas o bem específico não consigo registrar junto a Zurick”.
Reclama ela que as “conversas” são por meios robóticos tendo conseguido uma vez contato verbal com uma funcionária. Ressalta que já enviou por e-mail os dados do novo veículo, sendo informada ter havido recebimento com ‘sucesso’, mas não definem valor da mensalidade, se para mais ou para menos, não realizam a vistoria e, portanto, estou desamparada”.
A tranquilidade e segurança que eu busquei se transformou em uma situação estressante. Estou insegura. Há três anos pagando o seguro utilizamos apenas uma vez dentro do limite de Cuiabá para remoção de um veículo. Há um ano fiz a troca de outro veículo e também ocorreu falha. Mesmo tendo feita a vistoria, quando necessitei, à noite, na BR 101 sob chuva em Santa Catarina, não haviam atualizado o cadastro e acabei resolvendo o problema por conta própria.
“Busquei a polícia para me amparar em garantir meus direitos pois se necessitar de atendimento, no mínimo com o Boletim de Ocorrência terei em algo a me agarrar. Sei que Deus nos protegerá, mas cada um precisa fazer a sua parte” – conclui Márcia que pegou a estrada após o boletim ter sido validado pela Polícia Judiciária Civil de Cuiabá. E no retorno ela vai procurar o Procon.