Cinco pessoas tratam a covid-19 com plasma em Cuiabá e resultados são positivos

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Cinco pessoas  em Cuiabá estão em tratamento da covid-19 com plasma de pacientes já curado e as respostas iniciais são positivas. Médica patologista do Hemosan, Paloma Borges diz que, para eles, está se reduzindo a necessário de oxigênio no auxílio para a respiração e o quadro de sintomas vem apresentando melhora gradual.

“Não é um tratamento que você faz e, três dias depois, recebe alta. É um processo lento em que o paciente tem melhorado aos poucos. Estão dependendo menos dos aparelhos respiratórias, reduziram a infecção nos pulmões”, explica.

O tratamento teve início da há duas semanas em Cuiabá e, no momento, está sendo coordenado pela central de doações de sangue, responsável pela coleta.

Conforme a patologista, a transfusão vale estritamente para pessoas que estejam em situação avançada da infecção causada pelo novo coronavírus, quando já estão em internadas em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

“O motivo disso é que o resultado positivo apresentado pelas pesquisas, principalmente da China, com esse tipo de tratamento foi com pessoas que já estavam em estágio avançado da infecção. Então, a pessoa precisa ser maior de 18 anos e estar nessa situação”, ela explica.

Tratamento natural

O tratamento com o plasma ocorre entre pessoas que já estão com o vírus no organismo. O doador do sangue é alguém que já testou positivo e passou pelo período de quarentena e desenvolveu anticorpo de combate ao Sars-Cov 2.

O plasma é a parte líquida do sangue já com anticorpos, considerados o processo natural de imunização do organismo. Ele é transferido para o organismo do paciente em estágio avançado de infecção para ajudar a combate a evolução da doença.

A patologista Paloma Borges afirma que três dias após a transfusão os pacientes já apresentavam sinais visíveis de melhora nas vias respiratórias.

Teste

Estudos com resultados positivos nos pacientes que receberam o plasma começaram a ser publicados em maio. A ONG norte-americana Mayo Clinic afirma que 66% dos cinco mil pacientes que passaram por esse tratamento tiveram resposta positiva.

O teste foi realizado com pessoas classificadas no estágio grave da covid-19. Elas apresentavam falta de ar, diminuição da saturação de oxigênio no sangue, insuficiência respiratória, choque séptico e disfunção ou falência múltipla de órgãos.

Contudo, assim como outros tratamentos que apareceram desde o início da pandemia, a transfusão não é consenso entre os médicos, apesar de haver histórico de cura de outras doenças, como coqueluche e tétano.

Conforme o médico especialista em imunização de doenças infecciosas, Alexandre Machado, a transfusão do plasma, inclusive, não está dentre as prioridades dos médicos neste momento, que estão focados nas alternativas de medicamento.

Mesmo assim, a família do paciente optou pelo tratamento.

Fonte: O Livre