O município de Cáceres (217,9 km de Cuiabá) que faz fronteira com Santa Cruz, na Bolívia, entrou em estado de alerta, após um boliviano de 26 anos ser isolado com sintomas semelhantes ao da varíola dos macacos em Santa Cruz de La Sierra.
A secretária de Saúde, Elis Fernanda de Melo Silva, recomenda a atenção dos agentes de saúde, se tornando importante que os viajantes bolivianos que estão em Cáceres sejam submetidos a avaliação médica, caso apresentem sintomas da doença.
Corumbá em Mato Grosso do Sul, também entrou em alerta. A cidade faz fronteira com Porto Soares e Puerto Quijarro, cidades bolivianas. Segundo a Secretária de Saúde da cidade sul-mato-grossense, o comunicado de vigilância foi emitido sob possível diagnóstico de uma doença relacionada a varíola dos macacos. O jovem, que possui sintomas da doença está isolado em Santa Cruz de La Sierra.
De acordo com o diretor nacional de Epidemiologia da Bolívia, Freddy Armijo, o paciente teria tido contato com duas pessoas que estavam na Espanha. O homem está sendo examinado e, até o momento, o diagnóstico não foi confirmado.
A secretária Elis Fernanda afirma não haver motivos para alardes em Cáceres, pois não há nenhum caso suspeito. No entanto, a recomendação é de que os órgãos de saúde devem ficar alertas.
A varíola dos macacos é uma zoonose silvestre que ocorre normalmente em regiões de floresta da África Central e Ocidental afetando animais, e raramente humanos. A doença está sendo identificada em vários países e preocupa as autoridades de saúde.
No entanto, os casos relatados na Austrália, Canadá, Estados Unidos e Europa, parecem não ter relação com as regiões da África, indicando uma possível transmissão comunitária do vírus.
Os sintomas iniciais da zoonose incluem calafrios, dores de cabeça, dores musculares, dores na costa, exaustão, febre e linfonodos inchados. As lesões na pele, parecidas com de catapora ou sífilis, devem se desenvolver primeiramente no rosto e depois se espalhar pelo corpo, incluindo os genitais, formando uma crosta que acaba caindo.
Fonte: Folhamax