
Após duas semanas entre Dubai e China, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou que representantes da fabricante chinesa do ART (Autonomous Rail Rapid Transit), conhecido no Brasil como Bonde Urbano Digital (BUD), virão a Mato Grosso para apresentar pessoalmente o modal ao governador Mauro Mendes (União). A visita foi articulada durante a passagem do prefeito pela sede da empresa na China, a convite direto dos executivos.
Abílio é entusiasta do ART, e tem feito campanha aberta pelo modal que também já foi chamado por ele de VLP (Veículo Leve sobre Pneus) durante a campanha eleitoral de 2024 O prefeito defende publicamente a adoção do BUD como alternativa ao BRT, cujas obras estão em andamento nas avenidas de Cuiabá e Várzea Grande. Para ele, o BUD é “mais moderno, econômico e adaptável”.
“Esse veículo é igual ao VLT, só que com rodas. Ele é maior, transporta mais passageiros que o BRT, é elétrico, autônomo e não precisa de grandes obras de infraestrutura. Basta sinalização no solo e alguns ímãs para guiagem. É muito eficiente”, afirmou Abílio, em entrevista nesta terça-feira (11).
Segundo o prefeito, a comitiva chinesa que virá ao estado já está em tratativas com o Governo de Mato Grosso. “Eles já estão em conversa com setores do governo. Eu acredito que vai dar certo”, disse, apostando que a demonstração técnica poderá abrir espaço para reconsideração da matriz de transporte em implantação.
A visita à fábrica do BUD foi o ponto central da missão de Abilio na China. A tecnologia, segundo ele, está sendo testada e aplicada em diversas cidades do mundo, e poderia operar em Cuiabá com menor custo e mais flexibilidade do que o BRT ou o antigo VLT.
O modelo ART/BUD, que já opera em cidades como Yibin, na China, e foi testado no Paraná, é um veículo elétrico sobre pneus, com navegação autônoma e capacidade para mais de 300 passageiros. Ele segue rotas pré-definidas guiado por sensores e marcações no solo, dispensando trilhos ou segregação rígida das vias.
Abílio não confirmou se pretende oficializar algum tipo de projeto executivo com base no modal, mas afirmou que estuda alternativas para substituir o BRT, retomando uma das principais bandeiras de sua campanha: romper com o projeto herdado e oferecer um sistema de transporte que classifica como “efetivamente moderno”. (Olhar Direto)
Abilio diz que BUD pode ser implantado até abril e custará cerca de R$ 400 milhões

O prefeito Abilio Brunini afirmou nesta terça-feira (11), que o Bonde Urbano Digital (BUD), sistema de transporte baseado em tecnologia chinesa, poderá ser implantado em Cuiabá até abril de 2026 e que o custo estimado do projeto gira em torno de R$ 400 milhões. Segundo ele, o modelo é mais econômico e de rápida execução, dispensando grandes obras de infraestrutura.
“O cálculo é feito por quilômetro e não por veículo (…). É o veículo, o sistema magnético, a sinalização dos veículos, a preparação do veículo de acordo com as nossas necessidades. Vai dar, com todo o sistema do modal, acho que dá mais ou menos 400 milhões de reais para o nosso caso”, explicou o prefeito.
Brunini acredita que o valor é compatível com o porte da obra e destaca que o sistema oferece vantagens operacionais. “Eu acredito que sim, pelo meu conhecimento. Claro que eles vão fazer um orçamento melhor, mais apropriado, detalhado, vou conversar com o Estado sobre isso, mas só que a gente já tem uma redução do custo do investimento de infraestrutura, e a gente tem um veículo muito mais moderno e mais eficiente.”

VISITA À FÁBRICA NA CHINA
O prefeito contou que a comitiva cuiabana visitou a fábrica responsável pela tecnologia do veículo, conhecida internacionalmente como ART ou DRT. “Na China, nós tivemos ali o lançamento do InvestMT dentro da Exposição da China, mas principalmente o nosso foco foi a visita à fábrica. A fábrica do ART, ou DRT.”
Segundo Brunini, o BUD é semelhante ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), mas com rodas e funcionamento autônomo. “Ele é igual ao veículo do VLT, só que com rodas. Ele é praticamente igual. Ele é um pouco maior do que o VLT. O VLT é mais estreito.”
O prefeito reforçou que o modelo chinês tem custo operacional menor e pode ser implantado com rapidez. “Ele é elétrico, autônomo, e pode ter linhas novas a qualquer momento, sem necessidade de investimento em infraestrutura, como o VLT, que precisaria de trilhos”, destacou.
A empresa fabricante, segundo Brunini, já iniciou conversas com o Governo de Mato Grosso e deve apresentar o projeto oficialmente nos próximos meses. “A empresa deve vir a Cuiabá fazer uma apresentação para o governador. Eles já estão em conversa com o Governo do Estado, já estão em conversa com os setores do Governo e eu acredito que vai dar certo.”
De acordo com o prefeito, o contrato de fornecimento prevê um prazo curto para entrega. “Demora seis meses para entregar todos eles, a partir do momento que o contrato estiver assinado, mas eles podem já disponibilizar para nós, se tiver uma manifestação de interesse do governo do Estado, dois ou três veículos para a gente ir visualizando o veículo funcionando.”
Brunini avalia que, se houver decisão política e técnica favorável, o sistema pode estar em operação até abril. “Não há necessidade de esperar terminar a obra ou fazer coisa para o veículo funcionar. Já pode trazer o veículo e já pode funcionar aqui imediatamente”, afirmou.
MENOR IMPACTO
Entre as vantagens do modelo, o prefeito destacou a ausência de grandes intervenções urbanas. “Parte positiva: não precisa fazer quebradeira aqui na avenida CPA, nessa parte que vai até 15 de Novembro e tudo mais. Não precisa fazer quebradeira na Fernando Corrêa”, disse.
Segundo ele, o BUD pode utilizar parte da estrutura já construída para o BRT. “Ele é mais largo do que o BRT, porque o BRT era mais estreitinho, para poder passar duas naquela pista central. Então, ele é mais viável na questão de mobilidade. Ele consegue circular tranquilamente na frente do BRT, do jeito que está. Não precisa quebrar em nada.”
O prefeito ainda defendeu que o projeto pode ser ampliado no futuro para outras regiões da capital. “Eu acho que, já com essa proposta, pode se estender. Ele não precisa terminar no 9º Bec, ele poderia ir até, por exemplo, lá no Distrito Industrial. […] Você pode fazer conexões nesse caminho para uma linha muito longa.”
Ele destacou que o sistema é compatível com o transporte público local. “Ele pode pegar no meio das Avenida das Torres e pode ter uma transição, uma conexão com outros veículos. Então, existe essa vontade.” (HNT)







