Cestari e a mulher têm os registros para uso de arma cancelados pelo Exército

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O empresário Marcelo Cestari e sua esposa Gaby Soares de Oliveira Cestari tiveram o Certificado de Registro para o uso de armas de fogo cancelados pelo Exército Brasileiro. A decisão é assinada pelo comandante interino da 9ª Região Militar (de Cáceres), o coronel Marco Aurélio Kuster de Paula.

Marcelo e Gaby são pais da adolescente  B. de O. C. 15 anos, acusada de atirar e matar a amiga Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos. A menor responde na Justiça por infração análoga a homicídio doloso, quando ao menos a pessoa assume o risco de matar.

Certificado de registro de arma de fogo - Marcelo Cestari

No despacho do Comando da 9ª Região Militar, o comandante esclarece que a decisão deve-se ao fato do Exército ter tomado conhecimento do indiciamento de Marcelo e Gaby por “omissão de cautela”, pelo fato de ter permitido que a filha menor tivesse acesso a armas, o que culminou no homicídio.

O fato acabou “comprometendo sua idoneidade, principal requisito para quem deseja trabalhar com produtos controlados”, diz trecho do despacho em nome de Gaby.

O cancelamento do CR de Marcelo, expedido em 2019, tem data do dia 29 de julho e da sua esposa foi expedido no dia 16 de setembro. Ela tem 10 dias para recorrer da decisão.

O caso

Isabele Ramos foi morta com um tiro no rosto quando estava na casa da melhor amiga, a adolescente que na época tinha a mesma idade da vítima, 14 anos. O crime aconteceu no dia 12 de junho em uma residência do condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá.

A amiga alegou que o disparo que matou Isabele foi acidental. Contudo, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar, ou risco de matar.

A investigação durou 50 dias com 4 pessoas envolvidas diretamente no crime: a menor, o pai dela, o namorado da adolescente que atirou e o pai dele.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) ofereceu denúncia contra a adolescente que foi acatada pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara da Infância e da Juventude.

A garota, que chegou a ser internada por menos de 24 horas por decisão judicial, será ouvida amanhã (23), às 9h30 pela magistrada sobre o crime.

Fonte: RD News