A esperança de que é possível trabalhar em união para a construção de uma sociedade harmoniosa e repleta de paz. Esse foi o sentimento que ficou em todos aqueles que participaram, na última sexta-feira (31), da primeira edição da “Celebração Ecumênica dos 300 Anos”. Realizada na Praça Alencastro, o evento reuniu dezenas de pessoas para ouvir das mais diversificadas etnias, por meio de uma série de apresentações culturais, uma mensagem de paz, amor e união entre os povos.
Organizado pelo Comitê dos 300 anos, mediante a reunião de esforços da Comissão de Etnias, a celebração reuniu diferentes segmentos religiosos que trabalharam em prol de um só propósito: demonstrar ao público a importância de caminhar juntos, em favor de um mundo sem preconceito, intolerância e melhor para todas as pessoas. O ato contou com apresentações de segmentos como os povos indígenas, ciganos, católicos, quilombolas, evangélicos, espíritas kardecistas, muçulmanos, umbandistas e candomblecistas.
“Conseguimos propagar a cultura de paz entre os povos e a união de todos. Esse foi um momento único, de congraçamento, que exalta nossa cultura e nossa história. Tudo que Cuiabá possui é fruto do encontro desses povos. Acreditamos que das diferenças é que nascem as riquezas de um povo único e especial, como é o cuiabano. Essa é a primeira celebração e reforço que a Prefeitura de Cuiabá está sempre buscando prestigiar e incentivar esse tipo de manifestação. Dessa forma também conseguimos fazer com que o cidadão conheça sua origem e tenha orgulho de sua religião”, comentou o vice-prefeito Niuan Ribeiro.
O Pe. Deusdédit Monge, que atua como pároco na Paróquia Coração Imaculado de Maria, argumentou que Cuiabá é uma cidade totalmente pluralista, composta por pessoas das mais diferentes culturas, religiões e ideologias. Nesse sentido, ele salientou ainda que é preciso que todos aprendam a conviver com essas diferenças, construindo uma cidade mais justa e humana. Para ele, a celebração foi uma realização que conseguiu auxiliar na difusão dessa mensagem.
“As diferentes tradições religiosas contêm preciosos elementos espirituais. Temos que nos orgulhar por tantas expressões existentes e entender que chamar Deus de pai é admitir que somos todos irmãos e que a fraternidade está acima de tudo. Acima de nossas diferenças pessoais, culturais, religiosas, ideológicas. Com o compromisso de construir uma cidade solidária, sem excluídos e sem excludentes, com oportunidades para todos”, destacou o padre.
Representando o Centro Espirita São Jorge, “Mãe” Maria, disse acreditar que um dos passos para combater o preconceito e a intolerância religiosa é o fortalecimento da união entre as etnias. Segundo ela, a celebração foi uma grande oportunidade para que todas as pessoas conseguissem entender que, somente a partir de um trabalho em conjunto, será possível fazer a diferença e conceber um mundo igualitário.
“Infelizmente, ainda existe muita discriminação, mas queremos propagar a paz, o amor e a união entre todos os povos. Essa é uma oportunidade das pessoas entenderem que a união faz a força. Deus está dentro de nossos corações. Ou seja, se não fizermos uma mudança de dentro para fora, ninguém conseguirá mudar o mundo. Se cada um conseguir entender e buscar essa transformação, construiremos um lugar melhor para todos”, pontuou.
Fonte: Da Redação