A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (11), a terceira etapa do inquérito que apurou a participação do casal mandante do homicídio do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, ocorrido em 5 de julho do ano passado, em Cuiabá. César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, promessa de recompensa, emprego de meio que possa resultar em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Segundo a investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o advogado foi assassinado por conta de uma discussão judicial envolvendo uma fazenda, com mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim, região leste de Mato Grosso.
Foi apurado que o casal articulou, por meio de intermediários, sendo um policial militar e um caseiro, a contratação dos executores do homicídio de Renato, apontou a polícia. O casal, morador de um condomínio em Primavera do Leste, já se encontra preso preventivamente.
Durante as investigações, foi constatado que o policial militar e o caseiro vinham monitorando a vítima por vários dias. Também foi comprovado que, no dia anterior ao homicídio (4 de julho), o caseiro parou com a moto próximo ao escritório do advogado, em horário idêntico e no exato local de onde atirou na vítima no dia 5.
“As provas demonstraram que o crime foi premeditado e a intenção era assassinar o advogado no dia 4. Mas, por algum motivo alheio, o crime não se consumou no dia planejado, provavelmente devido a alguma circunstância inesperada”, detalhou a assessoria da Polícia Civil.
Renato Nery morreu atingido por disparos de arma de fogo em frente ao seu escritório, na capital. A vítima foi socorrida e submetida a uma cirurgia em um hospital privado, mas morreu horas depois do procedimento médico. (Sonoticias)