O superintendente nacional da Caixa Econômica Federal (CEF), Vladimir Brito, ofereceu ao governo de Mato Grosso a contratação de outras linhas de crédito para que o estado concluísse as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). A sugestão foi feita formalmente durante reunião do grupo de trabalho criada para discutir soluções para o modal.
Em março de 2020, em reunião no Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), o Brito sugeriu o que considerou a mais fácil solução para o governo resolver o problema do VLT: contratar um novo financiamento no montante de R$ 440 milhões para a finalização da obra.
A ideia do executivo da CEF era que o Estado analisasse alternativas de opção de crédito visando à suplementação de aproximadamente R$ 440 milhões de contrapartida para finalizar as obras do VLT. Somado ao valor restante dos desembolsos que ainda podem ser feitos no contrato de financiamento do VLT, o governo conseguiria concluir facilmente a obra.
Na mesma reunião, o então secretário Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, José Carlos Medaglia Filho, informou que não existe possibilidade de repasse por parte do governo federal para a conclusão da obra e que, neste caso, seria necessário a contratação de operação de crédito ou a utilização de recursos do caixa do governo estadual.
Levantou também a hipótese de se levar esse empreendimento ao grupo do PPI e também que o Estado estudasse contratar uma consultoria para a realização de modelagem de PPP, diz trecho da ata da reunião do grupo de trabalho, que cita o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal.
Apesar das indicações, o governo estadual decidiu trocar o modal do VLT pelo BRT por considerar ser um modal mais barato. No dia 23 de dezembro, o governador Mauro Mendes (DEM) apresentou a decisão à população em uma coletiva de imprensa em que comparou as vantagens do BRT em relação ao modal escolhido em 2012 pelo ex-governador Silval Barbosa.
Fonte: Folhamax