Integrante do Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande, a empresa CAF emitiu nota defendendo que tem arcado ao longo dos anos com todos os custos relacionados à manutenção dos trens do Veículo Leve sobre Trilhos. O apontamento da instituição é feito em meio ao debate judicial pela rescisão do contrato que suspende a execução do modal em detrimento do BRT.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (29), a empresa revelou que é apenas uma das instituições que compõem o grupo e, assim, defende que nunca existiu um “Consórcio CAF”. Além dela, participam do contrato a CR Almeida, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia e Astep Engenharia.
Conforme noticiado pelo portal Gazeta Digital, no fim de dezembro de 2020 o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou o fim do VLT e consequente implantação do BRT. Na época, o governo também processou o consórcio responsável pela obra e pediu indenização de R$ 830 milhões por danos materiais e morais coletivos.
Segundo comunicado da CAF, a empresa foi responsável pelos custos. “A CAF Brasil esclarece que cumpriu com seus compromissos na fabricação e fornecimento dos VLTs, e tem arcado com os custos de manutenção dos trens, desde sua entrega”, aponta trecho da nota.
Com a rescisão contratual, a discussão em torno da troca de modais em Mato Grosso adentrou a seara judicial, valendo disputa entre o Executivo estadual, a Prefeitura de Cuiabá e as empresas do consórcio. No comunicado, a CAF defende que o caso ainda não foi finalizado, uma vez ainda aguarda julgamento do mérito.
“Por sua vez, necessário se esclarecer que a eventual rescisão do contrato está em discussão em um Mandado de Segurança em trâmite junto ao Poder Judiciário, ainda não julgado”, argumentou.
Confira o comunicado na íntegra a seguir:
“O contrato foi adjudicado ao Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande que é composto por cinco empresas, sendo a CAF Brasil, que não é sequer a empresa líder, uma delas. Portanto, pertinente se pontuar que não existe e nunca existiu um “Consórcio CAF”.
Integrante de um grupo centenário com reconhecimento internacional, a CAF Brasil é hoje empresa idônea, apta à contratação de projetos públicos. A empresa nunca participou, praticou ou tomou conhecimento de casos de corrupção contra a administração pública, e está totalmente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos pertinentes para desfazer as injustas, inverídicas, infundadas e falaciosas alegações realizadas.
A CAF Brasil esclarece que cumpriu com seus compromissos na fabricação e fornecimento dos VLTs, e tem arcado com os custos de manutenção dos trens, desde sua entrega.
Por sua vez, necessário se esclarecer que a eventual rescisão do contrato está em discussão em um Mandado de Segurança em trâmite junto ao Poder Judiciário, ainda não julgado.
Em conclusão, em linha com o recentemente manifestado pelas associações do setor, e especialistas em mobilidade urbana, a CAF Brasil também entende que o VLT é, sem dúvida, a melhor solução de tecnologia e de mobilidade para a população mato-grossense, razão mais que suficiente para que seja a sua implantação concluída.”
Fonte: Gazeta Digital