Isaias Piagem (DEM), prefeito de Marianópolis, município do Tocantins, publicou decreto nessa semana suspendendo as aulas, o atendimento médico e transporte de moradores da zona rural da cidade. A medida foi adotada por conta da busca pelos criminosos que invadiram Confresa-MT (1.160 km de Cuiabá) no dia 09 de abril.
A Operação Canguçu, que faz as buscas pelo bando, chegou na região da cidade nesta semana. Antes, as buscas ocorriam na região de Pium, divisa com Mato Grosso. Três bandidos já foram pegos. Dois mortos e um preso.
“A questão nossa é de segurança pública mesmo, para que a gente tenha segurança com nossos alunos, nossos servidores da saúde. Em conversa com o comando [da operação] a gente achou melhor suspender as atividades na zona rural, até para facilitar para que a Polícia Militar possa fazer o trabalho dela”, comentou o prefeito Isaias Piagem.
A força-tarefa conta com 350 homens e mulheres e faz buscas por cerca de 15 bandidos desde o dia 10. Na semana passada, a polícia pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km do em torno de Paraíso do Tocantins.
Nesse domingo (16), o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) informou que a ação criminosa tem prejudicado, inclusive, colheitas na região devido à insegurança e ao risco de novas ações criminosas.
Segundo o decreto, ficam suspensas, pelo período da operação, todas as atividades educacionais nas unidades escolares da Rede Pública Municipal, sendo 1 (uma) Creche e 3 (três) Escolas de Ensino Fundamental [que ficam na zona rural.
Fica suspenso o atendimento médico e dos agentes de saúde na Zona Rural do Município, permanecendo apenas os trabalhos de emergência. Os atendimentos de Urgência e Emergência e da UBS realizados na sede do Município permanecem em funcionamento normal;
Fica suspenso o transporte dos produtores da quinzena realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura;
Fica suspenso o transporte de jogadores da Zona Rural os quais participam do Campeonato Municipal de Futebol de Campo;
Fica suspenso toda manutenção de estrada vicinal que envolva a região onde concentra a operação de buscas.
Buscas continuam
Conforme o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, César Roveri, as buscas só terminam quando todos os bandidos forem pegos. “As buscas continuam, o cerco continua. Nós temos pontos de busca no Tocantins, temos ponto de buscas no sul do Pará, onde faz praticamente uma tríplice divisa entre Tocantins, Pará e Mato Grosso, enfim”, afirmou.
“Temos uma força tarefa de cerca de 350 homens e mulheres da segurança pública de Mato Grosso, Tocantins, Pará, Goiás e também chegou uma equipe de Minas Gerais. Então estamos com uma força tarefa muito grande. O trabalho continua, nós estamos na captura, estamos na busca, estamos realizando esses cercos, bloqueios, para tentar prender esses criminosos que cometeram esse crime lá em Confresa”, completou Roveri.
Ainda segundo o secretário, as buscas pelos criminosos são complicadas, já que a região, em Tocantins, está bastante alagada. “Nós percebemos lá que na região toda, que todos os rios saíram da caixa, a Ilha do Bananal está simplesmente debaixo d’água, a ilha não tem ponto seco praticamente, ela está toda alagada. Então a região toda está com uma enchente muito grande”, disse.
Fonte: Repórter MT