Três advogados e três líderes do Comando Vermelho, alvos da Operação Gravatas, foram condenados por integrar organização criminosa. Os advogados foram condenados também por colaborarem, como informantes, com a organização destinada à prática de tráfico de drogas. A sentença é da 5ª Vara Criminal de Sinop (a 500km de Cuiabá).
Conforme a sentença, os dois primeiros seriam os líderes do Comando Vermelho em várias cidades, englobando Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e parte de Sorriso. Já Paulo Henrique é considerado o “braço direito” de Tiago. O três deverão iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Apontados como a equipe jurídica da facção criminosa, os advogados Roberto Luis de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e Hingritty Borges Mingotti também foram condenados. Roberto pegou cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão e 19 dias-multa. Já a pena de Jéssica foi arbitrada em quatro anos e oito meses de reclusão, além de 16 dias-multa; assim como a de Hingritty foi fixada em cinco anos e quatro meses de reclusão e 17 dias-multa. Os três advogados iniciarão o cumprimento da pena em regime semiaberto.
Também réu na ação, o advogado Tallis de Lara Evangelista foi absolvido. E o réu Leonardo Qualio, que é policial militar, está respondendo perante à Justiça Militar.
A Operação Gravatas foi deflagrada em março do ano passado pela Delegacia da Polícia Civil de Tapurah, visando cumprir 16 ordens judiciais, sendo oito prisões preventivas e oito buscas e apreensões, contra quatro advogados, um policial militar e três líderes de uma facção criminosa custodiados no sistema prisional. Os mandados foram cumpridos em Sinop e Cuiabá.
De acordo com as investigações, os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos advogados, que representavam o “braço jurídico” do grupo. Assim, eles agiam à margem da lei para obstruir investigações policiais, fornecer informações em tempo real sobre a atuação policial e intermediar a comunicação entre os líderes da organização criminosa presos e demais membros em liberdade, além de outros ilícitos.
Fonte: RD News