Após quatro dias bloqueada por manifestantes que não aceitam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, no último domingo (30), a BR-163 nas regiões norte e médio norte de Mato Grosso começou a ser liberada pacificamente no início da tarde desta quinta-feira (3). No entanto, a concessionária que administra trechos da rodovia, a Rota do Oeste, afirmou que ainda há manifestantes às margens da estrada, que ameaçam fechar pontos novamente a qualquer momento.
De acordo com Polícia Rodoviária Federal (PRF), as equipes acompanham a desmobilização dos protestos em todos os pontos de bloqueio.
A BR-163 é a principal via de escoamento da safra de grãos do Estado e principal rodovia de acesso à região norte, com ramificações ainda para as porções nordeste e médio norte do Estado. Ao longo de quatro dias de manifestação no trecho entre Cuiabá e Sinop (479 km de Cuiabá), a rodovia chegou a 12 pontos de bloqueio.
Nesta quinta-feira, por exemplo, em Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), São josé do Rio Claro (295 km de Cuiabá) e Guarantã do Norte (708 km de Cuiabá), alguns postos de combustível já estavam sem etanol, gasolina e diesel nas bombas para comercialização.
De acordo com concessionária Rota do Oeste, por volta das 15h50, os pontos com manifestações no trecho sob concessão da BR-163 foram desmobilizados e todas as barreiras físicas, removidas da rodovia.
Segundo a concessionaria, os manifestantes que ainda seguem às margens da BR-163 afirmaram que o tráfego pode ser fechado novamente a qualquer momento nas cidades de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop.
Em Nova Mutum (240 km de Cuiabá), os manifestantes se concentram em dois pontos, nos KMs 594 e 601. Segundo a concessionária, os simpatizantes de Bolsonaro estão aglomerados em tendas às margens da rodovia.
TRECHOS ONDE PODEM HAVER BLOQUEIOS
Nova Mutum – KMs 594 e 601 da BR-163
Lucas do Rio Verde – KM 691 da BR-163
Sorriso – KM 746 da BR-163
Sinop – KM 835 da BR-163
Fonte: HNT