O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) afirmou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), exagerou na dose ao limitar em 30% o público de eventos esportivos e culturais na capital. A fala foi feita nesta quarta-feira, 2 de janeiro, durante a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa.
“As prefeituras têm essas autonomias, o Supremo já definiu. Todavia, eu vejo como um exagero baixar para 30%, não vejo como necessário neste momento. Precisamos ver o que o prefeito tem em mãos, o que ele analisou para decretar isso”, disse.
Anunciado durante transmissão realizada na noite de terça-feira (1º), o decreto de Emanuel limita o público de eventos e torna obrigatória a cobrança do comprovante de vacinação para entrada em casas de shows, estádios e congêneres. A medida foi tomada diante do aumento de casos de covid-19 em janeiro deste ano, que tem causado pressão sobre o sistema público de saúde.
Ao comentar a medida, Botelho afirma que ela não é necessária neste momento, pois a vacinação está avançando. Por isso, o parlamentar defende que a restrição seja menor.
“Temos um número elevado de internações, mas isso já começou a cair. Nós aqui já caímos as mortes. Acredito que lá por março ou abril essa pandemia já vai estar superada. Se limitássemos um número maior, talvez 50%, 70%, acho que seria bem viável”, avaliou.
Conforme noticiado pelo Estadão Mato Grosso, o mês de janeiro fechou com o maior número de casos de covid-19 em toda a pandemia. Segundo dados da Secretária Estadual de Saúde (SES-MT), foram registrados 72.080 novos casos de covid-19, número superior à soma de todos os casos registrados entre agosto e dezembro do ano passado.
O aumento no registro de casos colocou a Saúde de Mato Grosso, que seguia com números controlados, contra a parede. Segundo o último boletim de janeiro, a taxa de ocupação dos leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) covid-19 era de 81,57%, com apenas 39 vagas disponíveis em todo o estado. Nas UTIs pediátricas a situação é ainda mais crítica, com apenas três leitos disponíveis.
Fonte: Estadão de MT
