A expectativa é sempre que o bebê vai nascer após 9 meses de gestação, entre 39 e 40 semanas e seis dias. Mas, um casal que mora em Cuiabá foi surpreendido e o filho veio ao mundo com 7 meses, no banheiro de casa.
Valmir Luciano Xinuli e Vanessa Salvaterra Xinuli, ambos de 30 anos, são pais de Helena, de 4 anos, e estavam à espera de Asafe, que nasceria no início de maio. Mas, para espanto do casal, ele chegou antes do previsto, em 16 de março deste ano.
“A igreja que congregamos fez um chá de fralda para o Asafe. Logo após o chá, trouxe a Vanessa para casa e deixei ela com minha cunhada. Voltei na igreja para buscar algumas coisas e quando vim para casa, ela estava vendo os presentes e sentindo um pouco de dor”, conta Valmir.
Vanessa lembra que a irmã dela foi embora e ela ficou conversando com o marido, mas a dor foi aumentando e pediu para ir ao hospital.
“Liguei para nosso pastor para ele nos levar. Entramos no banheiro e ela começou a sentir a dor cada vez mais forte e em menos tempo. Aí ela ficou preocupada, porque poderia estar entrando em trabalho de parto”, lembra Valmir.
Ele diz que abraçou a esposa e tentou acalmá-la. Além disso, ligou para cunhada e pediu para que ela acompanhasse a esposa até o hospital.
“Desliguei o celular e ela começou a dizer que a dor estava muito forte. Nesse momento, só pensava uma coisa: ‘preciso ajudar ela’. Quando ela disse que a contração ficou mais forte e que parecia que o bebê iria nascer, me ajoelhei e olhei. Foi aí que vi a cabeça dele. Falei para ela respirar e ajudar o nenê que estava nascendo”.
Apesar da dor, ele lembra que a preocupação da esposa era o filho nascer e ainda não ter o enxoval. Mas, ele recorda que disse a ela que o mais importante era o bebê nascer bem e foi o que aconteceu.
“Asafe nasceu e logo chorou. Abracei, olhei para ele e mostrei para ela, que estava na minha frente. Mas, agora o que fazer? Como cortar o umbigo? Nesse momento o pastor chegou de carro e só gritei: ele nasceu”!
Valmir ligou para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e 30 minutos depois a equipe chegou na casa. E foram os médicos que cortaram o cordão umbilical e encaminharam Vanessa e Asafe para o hospital.
“Foi uma experiência única! Emoção e alegria de poder ter visto e participado desse momento na vida do meu filho”, diz Valmir emocionado.
Asafe e a mãe ficaram 6 dias no hospital, depois desse período receberam alta e foram para casa.
“Ele teve, nesse primeiro mês, o acompanhamento da médica do hospital, mas agora ele já pegou peso e tomou as primeiras vacinas. Estamos felizes e não teria como não estar. Tudo que pedimos o senhor nos abençoou em dobro, uma palavra que resumiria esse momento seria: gratidão”.
Fonte: Primeira Página