Barranco vê inflação em queda e crê que Lula pode ‘virar o jogo’ em MT; veja vídeos

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O presidente do PT em Mato Grosso, deputado estadual Valdir Barranco, saiu em defesa do Governo Lula (PT) e avalia que o país vive um momento de controle da inflação e o correligionário vive dificuldades porque está comprando brigas com bilionários para garantir a manutenção de direitos para a população que mais precisa. Apesar disso, crê que o PT vai crescer em 2026 e conquistar ao menos 40% do eleitorado mato-grossense, estado considerado conservador e mais ligado à direita.

Sobre a questão econômica e os impactos negativos na gestão petista, Barranco argumenta que o café subiu em virtude de questões climáticas que impactaram negativamente grandes estados produtores como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, além de países como o Vietinã. O dirigente ainda ressalta que, por outro lado, o preço do arroz despencou e pode ser encontrado a R$ 15. “O arroz já estabilizou, voltou a preços menores, bem menores do que era no período do [Jair] Bolsonaro. O combustível também foi pior no período do Bolsonaro, subia toda semana – tem tido deflações, tem caído”, afirma, frisando que o calcanhar de aquiles do Governo Federal tem sido a briga com os mais abastados.

“Os bilionários, que não são muitos, mas eles querem o couro do pobre. Infelizmente, essa questão da ganância é algo insaciável. Quanto mais tem, mais quer. Aí você vê a Faria Lima, a elite, os banqueiros, esse pessoal que quer mais e mais, eles não querem que o bilionário seja taxado. E o Lula tem um propósito. Ele não foi eleito mentindo para o povo. Ele falou: ‘nós vamos incluir o rico no imposto de renda, nós vamos taxá-los e o pobre no orçamento’. E ele está trabalhando para conseguir isso”, defende Barranco.

O dirigente partidário defende que é necessário taxar os “super ricos” para equilibrar as contas do Brasil. “Eles falam: ‘tem que cortar despesa, tem que fazer o ajuste fiscal’. O que significa isso? Eles querem congelar aposentadorias, congelar pensões. Eles falam claramente querem acabar com o BPC.  Agora, como que um pobre, que não conseguiu ter carteira assinada, ele chega aos 60 anos e não vai poder ter um benefício de prestação continuada, como que ele vai viver na miséria absoluta, na velhice? Lula não vai fazer isso, não vai”. Neste sentido, Barranco avalia que a missão do ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT-SP) é árdua, especialmente porque a “elite” tem ascendência sobre o Congresso.

Questionado se as últimas pesquisas, com queda na popularidade, não acendem um alerta interno, Barranco concorda, mas aposta numa mudança de tendência.

“É um momento difícil, mas isso vai ser superado. Porque o povo brasileiro, quando chega próximo à eleição, também sabe que é melhor para ele. Eu acho que a extrema direita no comando do Brasil, nunca mais”.

Para o deputado, é necessário que se tenha uma estratégia melhor de comunicação para mostrar os feitos do governo Lula e comunicar melhor as ações que atingem os bilionários.

“O IOF, que é o Imposto Sobre Operações Financeiras, eles estão dizendo que IOF significa Imposto Sobre Óleo e Farinha para os pobres acharem que o Imposto IOF vai taxar óleo, que todo mundo usa, e a farinha. Na realidade, o IOF vai penalizar os super ricos.  Precisa de ter uma estratégia de comunicação. Não sei como que o presidente Lula e a equipe dele ainda não desenvolveu para chegar até os mais pobres e convencê-los de que Lula está do lado deles”, ressalta sobre Medida Provisória que foi derrubada nesta semana pelo Congresso.

MT conservador e busca por mais votos

Atualmente, o presidente do PT estima que 35% do eleitorado tenha uma tendência de votar em candidatos mais alinhados à esquerda. Otimista, ele acredita que esse percentual pode ser maior em 2026.

“A gente sempre foi bastante nessa linha [conservadora], não é de hoje. Mas, eu creio que nós vamos crescer, talvez não muito, mas podemos chegar aos 40% [do eleitorado]. Porque são muitas obras, o presidente Lula está mudando a realidade das pessoas e obras que estão iniciando e, infelizmente, por conta de nós ao longo da história termos apanhado muito com promessas que não são cumpridas, a população só acredita depois que acontece.  Mas, como as obras estão avançando e estão acontecendo, nós temos as ações do ministro Carlos Fávaro também com distribuição de máquinas, equipamentos, programas, assistência técnica, extensão rural, está fazendo bastante diferença”.

Além disso, Barranco acredita que a construção de novos institutos federais no Estado também seja atos importantes na busca pelo apoio do eleitorado.