Barranco diz que ‘Tigresa’ não cumpriu rito e que trabalho dela não é motivo da suspensão

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O presidente estadual do PT, deputado Valdir Barranco, afirmou que a suspensão da filiação da atriz pornô Esther Caroline, conhecida pelo nome artístico de ‘Tigresa Vip’, está relacionada a um não cumprimento de um rito para inscrição de sua filiação, e não por conta de seu trabalho.

Destacou que o PT respeita todas as classes, lembrando que um coletivo de mulheres tomou a iniciativa de emitir uma nota sobre a questão da suspensão, porque Esther não teria cumprido um rito do processo para sua filiação.

“Primeiro, tem que se filiar na instância municipal. Ninguém é filiado na nacional, nem na estadual. Ela foi filiada na instância de Alta Floresta, mas fomos informados de que, quando ela procurou a instância, já tinha intenção de se candidatar, mas isso não tem como garantir. Ela aceitou naquele primeiro momento a filiação, mas, depois para garantir essa condição de ser candidata, ela foi orientada não sei por quem a fazer transferência de sua filiação para Barão de Melgaço, sem o conhecimento da direção de Barão”, explicou ao HNT.

A pré-candidatura de Tigresa Vip foi lançada em um encontro liderado pelo deputado estadual Lúdio Cabral.

O advogado Paulo Lemos, que faz defesa de Esther, informou, por meio de nota técnica, que o real motivo que levou à suspensão da filiação de Esther ao PT foi camuflado, além de esclarecer que sua cliente sequer foi convocada para a reunião que vetou sua filiação. Lemos também chamou a decisão do diretório estadual do PT de aberração jurídica.

“Aí, no encontro das forças liderado pelo deputado Ludio, anunciam ela não só como filiada, mas como pré-candidata, e isso deu esse abalo todo. Porque a direção municipal não sabia disso lá do município (Barão de Melgaço). Por isso que o diretório municipal pediu para que a gente ouvisse as instâncias. A suspensão tem direito a recurso. Ela recorrerá à nacional. E o que a nacional acatar, nós vamos seguir”, emendou.

Segundo Paulo Lemos, o motivo da suspenção ficou camuflado, pontuado que as intensões seriam meramente eleitoreiras, contrastando com outro pilar constitucional do “Estado Brasileiro, livre exercício da cidadania, que não pode ser restrita sem justa causa”, asseverou.

“Não precisa (ser convocada para reunião). Ela não tem histórico de militância. Não tem essa necessidade. É importante dizer para o advogado que ela tem direito a um recurso administrativo. Aberração não é. O PT é democrático. O PT deliberou para isso, nove contra um. Os filiados entendem nossa militância”, finalizou, afirmando que a decisão da suspensão não tem fins eleitoreiros.

Fonte: Hipernotícias