Astrônomo que viveu em MT cria grupo para ajudar brasileiros na rota do furacão nos EUA; vídeos

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Na noite desta terça-feira (27), as atenções do mundo se voltarão para a Flórida, nos Estados Unidos, onde o furacão Ian, que já provocou muitos estragos em Cuba com ventos de 205 km/h, estará chegando com a ameaça de provocar uma catástrofe para os moradores da região. Na Flórida, vivem mais de 180 mil brasileiros.

E entre esses moradores brasileiros, está o carioca Eduardo Baldaci, um astrônomo amador que viveu 14 anos em Mato Grosso e é voluntário da NOAA (Administração Nacional de Oceania e Atmosfera), agência semelhante à NASA (Agência Espacial Norte-Americana).

Baldaci, que é casado com a cuiabana Kely Carvalho dos Anjos e pastor batista, mora com a família em Orlando desde 2014. Ele criou um grupo de WhatsApp aberto aos brasileiros que moram lá para repassar as informações climáticas da NOAA traduzidas para o português, com orientações importantes para momentos críticos como este.

“Muitas vezes, os brasileiros não entendem termos técnicos e expressões americanas relacionadas ao clima e o WhatsApp é uma ferramenta importante que auxilia muito”, ressalta Baldaci.

Os relatórios da NOAA indicam que o furacão IAN que chega hoje à Flórida é da categoria 4, que pode produzir tornado e arrancar árvores pela raiz, destelhar casas e provocar interrupção de energia e muitos estragos. Esses furacões são tão perigosos que o foguete Artemis, da NASA, que estava na base de lançamento, foi recolhido.

Ao longo de toda esta terça-feira, houve uma corrida aos supermercados, com filas quilométricas, e postos de combustíveis. Os moradores queriam reforçar o estoque de comida e água em casa, e garantir o abastecimento dos veículos. No início da manhã, já faltavam produtos nas prateleiras dos comércios.

Grupo criado por Baldaci no WhatsApp tem orientado moradores na Flórida

Durante o dia, Eduardo Baldaci registrou a situação na cidade e encaminhou vídeos  para o portal Primeira Página.

Veja os vídeos:

Com informações do Primeira Página

Furacão Ian pode ser algo “nunca visto na história”

Imagens infravermelhas do recém-formado Furacação Ian se movendo pelo CaribeImagens infravermelhas do recém-formado Furacação Ian se movendo pelo Caribe

À medida que Ian se aproxima da Flórida, funcionários do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) em Tampa estão preocupados com o fato de os moradores não estarem preparados para o que poderia afetar a área da Baía de Tampa.

“O último grande furacão que realmente teve um impacto direto foi há 100 anos”, disse o meteorologista do NWS Rick Davis à CNN. “Então, há muitas pessoas que lidaram com furacões nos últimos cinco ou 10 anos na Flórida e podem ter a percepção de passar por uma forte tempestade”.

Mas não será um golpe direto para Tampa sofrer danos catastróficos por inundações. A Baía de Tampa é extremamente vulnerável a tempestades, porque a água que chega não tem para onde ir, “então continua se acumulando no centro de Tampa”, de acordo com Davis.

“Mesmo em pequenas tempestades, podemos ter inundações costeiras na área da Baía Tampa, Bayshore Boulevard, e essas foram de tempestades bastante fracas”, disse Davis. “Portanto, podemos esperar que, com uma tempestade mais forte prevista para estar muito mais próxima e se movendo mais lentamente, ela continuará coletando água em áreas ao longo da baía em Tampa e em St. Pete”.

No momento, o Centro Nacional de Furacões está prevendo 1,5 a 2,5 metros de maré de tempestade para a região.

“Mas, na verdade, a área da baía foi perdida com mais frequência. É por isso que dizemos às pessoas, mesmo que sejam residentes da Flórida como eu, isso é algo que nunca vimos em nossa vida, então definitivamente temos que levar isso a sério, “Disse Davis. (CNN)