O deputado federal Coronel Assis (União) classificou como “inadmissível” o plano de atentado contra autoridades montado pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital) e descoberto pela Polícia Federal. O parlamentar defendeu a descapitalização das organizações criminosas como uma das principais táticas para enfraquecê-las.
O senador Sérgio Moro (União) era um dos alvos da organização, segundo a PF. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, de São Paulo, também estaria entre as possíveis vítimas.
“Claro que o Brasil precisa dar uma resposta. É inadmissível pensar que organizações criminosas planejam assassinatos de pessoas e de autoridades públicas que são eleitas pelo povo”, afirmou em entrevista à rádio Vila Real.
“É preciso estabelecer regras mais claras e mais punitivas em relação a esse pessoal. Mantê-los presos, endurecer as penas mesmo”, disse.
Assis reiterou afirmando que no Brasil não existem políticas públicas sérias de combate ao crime organizado. Para ele, é preciso atacar o financeiro das organizações.
“Não se iludam. O maior objetivo das organizações criminosas é o lucro, principalmente dinheiro ilegal. Então, é nisso que temos que trabalhar”, disse.
O parlamentar ainda ressaltou que a mudança tem que começar de cima para baixo. Ou seja, partindo do âmbito federal para, dessa forma, chegar aos estados e posteriormente nos municípios.
A ideia, segundo ele, é parar a “máquina do crime” ao cortar a entrada de dinheiro das organizações e, com as penas endurecidas, fazer com que haja menos adesão de membros nas facções.
“Acredito que se não fizer essas duas frentes realmente ficará complicado. Na verdade, já está complicado o país”, afirmou.
“Estamos no Rio Grande do Norte onde está tendo uma onda de ataques sérios. Hoje o cidadão vive com medo”, disse.
Fonte: Midianews