O presidente da Associação Leite de Pedras, Julio Carcará, participou de um treinamento promovido pelo Cirque du Soleil, em Goiânia.
Conforme explica o arte-educador, o intuito da oficina ministrada entre os dias 11 e 15 de julho era filiar artistas da região Centro-Oeste ao projeto Circo do Mundo, desenvolvido pelo circo mais famoso do planeta com foco no circo social.
“O Solei criou o Circo do Mundo no Brasil como uma iniciativa de fomentar o circo social. Eles entendem a importância do circo social como ferramenta para a educação, então decidiram fortalecer essa rede mundial a partir do Brasil”, pontua Julio.
Julio explica que durante a oficina foram discutidos alguns desafios, horizontes e reflexões a respeito do circo social, que é uma modalidade que utiliza a ‘mãe das artes’ como caminho para fortalecer a educação formal de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, sobretudo em periferias e comunidades pobres.
“Foi uma experiência muito interessante e uma forma de ampliar os horizontes da cultura de Mato Grosso”, frisa.
Dois instrutores do Cirque du Soleil – um artista circense e um psicólogo – coordenaram a oficina juntamente com representantes da federação da rede de Circos do Mundo no Brasil, com sede em Recife, e a escola de circo Laheto.
Julio fez uma única ponderação que não permitiu que o aproveitamento do seminário fosse pleno: a falta de incentivo por parte dos órgãos gestores de cultura em Mato Grosso. De acordo com ele, recursos de um edital da Secretaria de Estado de Cultura não chegaram até o Circo Leite de Pedras em virtude de erros jurídicos, o que prejudicou a logística dos arte-educadores para se deslocarem até Goiânia e se qualificarem junto ao Cirque du Soleil.
“Se o dinheiro estivesse disponível, quem sabe não levaríamos mais arte-educadores do Leite de Pedras?!”, questiona.
Fonte: GPS Notícias