Após jogaço, Argentina é tricampeã nos pênaltis e Messi enfim coroa sua carreira

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O futebol tem uma nova ordem mundial a partir deste domingo (18), no Lusail, em Doha. Afinal, equivocou-se, redondamente, quem pensava que o futebol sul-americana não tinha nível para brigar com o europeu. O continente tem Messi, figura que faz toda a diferença. E assim foi na vitória dos hermanos sobre os Bleus por 4 a 2, nos pênaltis, após um 3 a 3, em jogo dramático que se estendeu até o último minuto da prorrogação.

Após 36 anos, a Argentina está de volta ao topo do mundo. Pode bordar a estrela de tricampeã mundial!

ERA MESMO UMA FINAL?

A Argentina jogou futebol, com o coração na ponta das chuteiras, enquanto a França, blasée, corria atrás dos adversários. A escalação de Di María surpreendeu os Bleus. O meia-atacante, aberto pela esquerda, foi o mapa da mina das jogadas de ataque dos hermanos. Na metade da primeira etapa, o astro da Juventus partiu para dentro e conseguiu um pênalti. Messi, com extrema frieza, abriu o placar para os sul-americanos.

Instantes depois, a França sequer ameaçou a Argentina que já levou um contra-ataque de almanaque. De Mac Allister para Messi. De Messi para Álvarez. De Álvarez para Mc Allister. De Mac Allister para Di María concluir o lance e ampliar para a Albiceleste.

MILONGA DE MBAPPÉ

A França, assustada e já sem Giroud e Dembélé. passou a jogar, também, contra o relógio. E não saia nada. Passes errados, falta de articulação no meio de campo, chutes sem direção… Do outro lado, uma Argentina que jogava em ritmo de milonga, bem postada e assustando nos contra-ataques. O terceiro dos hermanos estava mais próximo que uma chegada mais perigosa dos europeus.

No entanto, para a festa se concretizar, faltaram pernas. Otamendi perdeu na corrida para Moani e cometeu pênalti. Mbappé, na marca da cal, descontou. O craque do PSG estava guardado o melhor para o fim. Na jogada seguinte, Thuram mandou para o camisa 10, que, diferenciado, emendou de primeira. Um golaço. Incrível! Agora, sim, uma final! A França, enfim, passou a jogar como atual campeã mundial.

PRORROGAÇÃO

O drama recomeçou com o tempo extra. Mas a Argentina mostrou uma superação extraordinária para juntar os cacos, se reerguer psicologicamente e voltar a mandar no jogo. Messi, que parecia andando em campo, voltou a aparecer. Lloris fez praticamente um milagre em chute de Lautaro. Mas a bola sobrou limpa para o craque completar para o gol. Mas a história da decisão ainda não havia acabado. Mbappé conseguiu um pênalti com a bola na mão de Montiel. O astro do PSG, com frieza, deixou tudo igual. No fim, o goleiro Dibu Martínez ainda teve que operar um milagre para evitar uma virada histórica. Na verdade, uma defesa que simbolizou um gol, a mais importante da história das Copas.

PÊNALTIS

Dibu, mais uma vez, cresceu nas penalidades. Pegou a cobrança e Coman e fez Tchouaméni chutar para fora. Mbappé e Muani até converteram.  Mas a Argentina teve 100% nas cobranças, com Messi, Dybala, Paredes e Montiel!

ARGENTINA (4)3×3(2) FRANÇA
Final da Copa do Mundo
Data e hora: 18/12/2022, às 12h (de Brasília)
Local: Estádio Lusail, Doha (QAT)
Gols: Messi, 23’/1ºT (1-0); Di María, 36’/1ºT (2-0); Mbappé, 34’/2ºT (2-1); Mbappé, 36’/2ºT (2-2); Messi, 4’/2ºT P (3-2); Mbappé, 12’/2ºT P
ARGENTINA: Dibu Martínez; Molina (Montiel, Intervalo P), Romero, Otamendi e Tagliafico (Dybala, 16’/2ºT P); De Paul (Paredes, 11’/1ºT P), Enzo e Mac Allister (Pezzela, 10’/2ºT P); Messi, Di María (Acuña, 18’/2ºT) e Álvarez (Lautaro, 11’/1ºT P). Técnico: Lionel Scaloni
FRANÇA: Lloris; Koundé, Varane (Konaté, 7’/2ºT P), Upamecano e Theo Hernández (Camavinga, 25’/2ºT); Tchouaméni, Rabiot (Fofana, 4’/2ºT) e Griezmann (Coman, 25’/2ºT); Dembélé (Muani, 40’/1ºT), Mbappé e Giroud (Thuram, 40’/2ºT). Técnico: Didier Deschamps
Árbitro: Szymon Marciniak (POL)
Auxiliares: Pawel Sokolnicki (POL) e Tomasz Listkiewicz (POL)
VAR: Tomasz Kwiatkowski (POL)
Cartão Amarelo: Enzo, Acuña, Montiel (ARG); Rabiot, Thuram, Giroud (FRA) (Jogada 10)