A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que as autoridades brasileiras podem até acionar a Interpol, mas não vão conseguir fazer com que ela volte ao Brasil.
Dias após ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a parlamentar disse que saiu do país e que vai para a Itália.
“Eu tenho um passaporte italiano, pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália”, teria dito Zambelli.
“Sou cidadã italiana e lá e fico a não ser que a Justiça italiana me prenda. E aí não vai ser o Alexandre de Moraes, vai ser a Justiça italiana”, respondeu, após ser questionada se tinha medo de ser presa.
As declarações ocorreram em entrevista à CNN. A deputada não informou ao seu advogado que deixaria o país.
Daniel Bialski deixou a defesa de Zambelli nesta terça-feira, momentos após ela anunciar que saiu do Brasil.
“Não falei para o meu advogado, e isso dá motivo suficiente para ele deixar o caso. Mas eu fiz isso para não prejudicá-lo “, declarou.
Zambelli disse que está nos Estados Unidos, mas que irá para a Itália. Ela alega que saiu do Brasil para fazer um tratamento médico.
“A saúde aqui nos Estados Unidos é muito cara. Então, eu estou indo para a Itália, onde é mais barato.”
A deputada afirmou que, a princípio, ficará baseada em Roma, mas depois deve ir para o interior, e que pedirá licença da Câmara.
A deputada bolsonarista foi condenada pelo STF a dez anos de prisão em regime fechado.
A Primeira Turma da Corte decidiu, por unanimidade, que ela cometeu os crimes de falsidade ideológica e invasão ao sistema do CNJ.
O relator foi o ministro Alexandre de Moraes. A PGR pediu a prisão preventiva de Zambelli.
Segundo apurou o UOL, a Procuradoria-Geral da República se manifestou após a parlamentar ter anunciado que deixou o país.
Após o pedido da PGR, caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir sobre a prisão. (Diário de Cuiabá)