O Tribunal de Júri inocentou o auxiliar de serviços gerais, Diego José da Silva, de 25 anos, do assassinato da ex-namorada, na época com 14 anos, e da amiga dela, de 16 anos, ocorrido em 2014, no Bairro Umuarama, em Cuiabá.
O júri ocorreu no dia 2 de dezembro e foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal da Capital. Diego passou mais de cinco anos preso pelo crime.
A ex-namorada de Diego e a amiga dela foram mortas na madrugada do dia 5 de outubro, dentro de uma quitinete.
Os corpos das vítimas foram encontrados nus e com sinais de espancamento. Diego foi preso 13 dias depois, apontado como o principal suspeito do crime.
Ele só foi solto no último dia 3, após o julgamento. Diego estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pontes e Lacerda (a 483 km de Cuiabá).
Ele não tinha passagens criminais e trabalhava na 2ª Delegacia de Polícia Civil, antigo Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), no Bairro Planalto, por meio de uma empresa terceirizada de limpeza.
Durante o júri, Diego foi interrogado e negou a autoria dos assassinatos. A defesa dele apresentou um vídeo indicando que ele não estava no local do crime no momento em que as vítimas foram mortas.
Em seguida, o Ministério Público Estadual (MPE), que denunciou o auxiliar de serviços gerais pelo duplo assassinato, pediu a sua absolvição por insuficiência de provas.
“Não havendo requerimento e nem reclamação das partes sobre os quesitos, a MMº. Juíza declarou que o Conselho de Sentença ia se recolher à sala secreta para suas deliberações, para onde se dirigiu juntamente com o Promotor de Justiça, a Advogada, a Assistente de Gabinete e os Oficiais de Justiça”, diz trecho da ata do julgamento.
“O Conselho de Sentença e as partes retornaram a sala pública do Plenário do Júri, onde ali, de portas abertas, a MMª. Juíza leu a sentença pela qual absolveu o acusado Diego José da Silva, qualificado nos autos, o que faço com fulcro no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal”, completa o documento.
A pedido do Ministério Público, a magistrada determinou que seja encaminhada cópia dos autos, na integra, à Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), para investigar a autoria do crime.
O crime
Os corpos das adolescentes estavam nus e com vários ferimentos na região frontal da cabeça, provocados por um objeto contundente.
Elas foram vistas com vida pela última vez em um bar, onde comemoraram o aniversário da mãe da adolescente mais velha. De lá, a ex-de Diego foi para a casa da amiga. Os corpos foram encontrados horas depois pelo próprio Diego, que acionou as autoridades policiais.
Fonte: Midianews