Um dos principais rostos do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso nos anos 2000, o ex-deputado estadual e procurador do Estado, Alexandre César, se filiou recentemente ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) e está apto a disputar mais uma eleição em 2020. Ele foi um dos citados na delação do ex-governador Silval Barbosa e foi filmado recebendo dinheiro. O vídeo foi anexado na colaboração do ex-chefe do Executivo.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informam que Alexandre César foi desfiliado do PT por seu próprio pedido no mês de maio de 2018, cerca de um ano após o sigilo da delação de Silval Barbosa ser suspenso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O TSE também informa que o procurador se filiou ao PDT no dia 12 de abril de 2019 e que está com a situação de seu registro regularizada, ou seja, com nada o impedindo de disputar a próxima eleição.
Além dos depoimentos apontando o envolvimento de deputados, conselheiros e até ministro em escândalos de corrupção entre os anos de 2010 a 2014, o ex-governador Silval Barbosa também apresentou em sua delação premiada, vídeos contendo vários parlamentares da época, incluindo Alexandre César, recebendo grande quantidade de dinheiro, supostamente de propina paga pelo seu chefe de gabinete como propina.
Na época em que os vídeos vieram a tona, Alexandre César, por meio de nota, classificou as imagens como ‘terríveis’ e ‘talvez não justificáveis’, mas garantiu que não recebeu propina e que a versão dada por Silval Barbosa em sua delação não era verdadeira.
Professor do curso de direito da Universidade Federal de Mato Grosso e atualmente concluindo um doutorado, Alexandre César se filiou ao PT em 1989, quando tinha apenas 20 anos de idade e conquistou grande prestígio na sigla, conseguindo 15 anos depois ser o candidato a prefeitura de Cuiabá em 2004, ano que foi para o segundo turno, mas acabou sendo derrotado para Wilson Santos (PSDB).
Em 2006, o ex-petista disputou uma vaga na Assembleia Legislativa, mas com 18,4 mil votos não conseguiu se eleger, ficando com a suplência.
Já no ano de 2010, o procurador se candidatou novamente para o cargo de deputado estadual e conseguiu, com 20,1 mil votos, se eleger como o 21° candidato mais votado.
Fonte: Olhar Direto