A uma semana das eleições que em Mato Grosso irão definir novos prefeitos, vereadores e um senador, grande parte do eleitor está indeciso e com o advento da pandemia de coronavírus vai deixar de votar. A avaliação é dos analistas políticos Onofre Ribeiro e Haroldo Arruda.
Para Onofre os eleitores vão decidir o voto próximo das eleições, mas acredita que a votação ainda será definida por camadas sociais, onde a classe alta, no caso a “A”, escolhe sem dificuldades; a “B” que é a média, está bastante atenta e crítica, porque percebeu que nesta pandemia houve vacilo no enfrentamento à covid-19; e as demais, a “C, D e E”, que geralmente definem a eleição, indo ‘na onda de sempre’.
Haroldo lembrou que ainda existe muita coisa para acontecer, como “debate, entrevistas e o que nós vamos deparar daqui para frente, cada vez mais, são acusações entre candidatos e o disparo de fake news, rodando nos grupos de whatsApp, por mais que a Justiça Eleitoral esteja combatendo”.
As pesquisas de intenção de voto mostram até o momento muita indecisão por parte dos eleitores, o que o analista considera normal porque “as eleições se decidem na última semana. O eleitor começa a decidir cinco a quatro dias antes”.
Onofre também lamentou a falta de uma pesquisa qualitativa que ajudaria a avaliar melhor o comportamento do eleitorado, “a saber o que ele pensa. Ninguém está sabendo a direção do voto”, observou
Para ambos os analistas a ausência dos eleitores nas urnas é dada como certa.
“Se compararmos o Dia de Finados, no dia 2 de novembro, que as pessoas deixaram de ir visitar os túmulos dos entes queridos, por conta da possibilidade da contaminação da covid, imagina por voto?”, observa Haroldo sobre as abstenções.
Além da covid-19, a insatisfação do eleitorado com a política brasileira e até mesmo com as perdas da pandemia são fatores que, segundo Onofre, também justificarão essa ausência nas urnas. “Ele vai votar do jeito que der na cabeça dele”, disse o analista ao lembrar que muitos eleitores não poderão votar por não terem feito a biometria.
“Vai ter também muito título cancelado, por falta da biometria. Essa é a primeira eleição que vale o cancelamento de título de quem não fez a biometria”, assinalou. Ele acredita que muita gente vai faltar mesmo por protesto, a maioria eleitores da classe A e B, respctivamente A e B, que é mais ligada as questões políticas do município.
Fonte: Repórter MT