Alerta! Super El Niño trará calor extremo para Mato Grosso

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O fenômeno ‘El Niño’ que faz elevar as temperaturas, está chegando com força total no hemisfério Sul este ano e poderá ser um dos mais fortes dos últimos 70 anos. Em sua rota, Mato Grosso deve ter temperatura até dois graus acima da média nos próximos meses, entre julho e setembro. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia e monitorados dentro da força-tarefa que observa e previne os efeitos do clima no atendimento e fornecimento aos clientes.

Vale lembrar que o hemisfério Norte vem sofrendo muito com as altas temperaturas. Na Europa e nos Estados Unidos, os termômetros apontaram registros com recorde de calor. Muitos países sofrem com a seca e incêndios florestais. E esse fenômeno está a caminho do Hemisfério Sul do Planeta.

No início da semana, o Inmet já emitiu um alerta de baixa umidade relativa do ar na região Centro-Oeste, com a previsão de valores inferiores a 30%. O calor extremo aumenta as queimadas e pode criar uma bolha de consumo por equipamentos que precisam trabalhar mais para manter a temperatura baixa.

Em Cuiabá, os termômetros sobem aceleradamente no início do mês de agosto com máxima em 37ºC no dia 1º. A temperatura continua subindo e chega a 41º no dia seguinte. Já no dia 3, a máxima prevista é de 42ºC, que já seria o recorde desde 7 de outubro de 2020, quando os termômetros bateram 44,6ºC (na ocasião foi a temperatura mais elevada dos últimos 100 anos e talvez da história na capital).

Veja previsão para Cuiabá no início de agosto segundo o Climatempo

O que é o El Niño

Neste ano, o inverno deve ser atípico por influência do El Niño, fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas — e que pode, inclusive, se tornar um Super El Niño. O El Niño, assim como a La Niña, determina mudanças nos padrões de transporte de umidade e, portanto, variações na distribuição das chuvas em algumas partes do mundo — inclusive o Brasil.

El Niño é um fenômeno climático, que envolve fatores atmosféricos e oceânicos, caracterizado pelo aumento das temperaturas do oceano Pacífico. A origem desse fenômeno é a costa oeste da América do Sul, mais especificamente o território do Peru.

A alteração anormal da temperatura do oceano Pacífico provoca mudanças climáticas significativas, principalmente na faixa tropical do globo. O El Niño gera alteração nos padrões climáticos de temperatura e precipitação. No Brasil, o El Niño causa chuvas torrenciais na região Sul, além de secas severas no Norte e Nordeste do país.

Em MT

A meteorologista e consultora da Energisa Mato Grosso Ana Paula Paes, comenta que este cenário de temperaturas acima do normal é sazonal e pode ainda ser influenciado pelo fenômeno El Niño, que gera o aquecimento dos oceanos e altera todo o fluxo climático do planeta.

“Outros estados vão sentir mais. No entanto, Mato Grosso pode ser afetado. E esse fenômeno somado ao tempo quente e seco, cria um cenário de alerta pra saúde, para o meio ambiente e pra setores da economia como o de energia, que acaba sendo mais consumida”, explica a especialista.

Energia elétrica

“Por isso o alerta pro cliente já ficar de olho no próprio consumo, evitando um impacto forte na conta do fim do mês”, detalha o gerente. O ar-condicionado e a geladeira são sem dúvida os maiores vilões, mas o uso consciente ajuda muito a regular o consumo.

O El Niño e suas consequências

  • O El Niño é um importante fenômeno atmosférico e também oceânico, visto que impacta de forma direta as características climáticas globais.
  • A principal causa da ocorrência do El Niño é o aquecimento das águas do oceano Pacífico, especialmente ao longo da costa oeste da América do Sul.
  • O aquecimento dessas águas provoca diferentes anomalias climáticas em várias regiões do globo, com destaque para a faixa tropical.
  • O El Niño tem importantes consequências econômicas e ambientais, em razão das mudanças significativas nos regimes de temperatura e precipitação.
  • Esse fenômeno provoca secas severas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e ainda fortes chuvas na região Sul do Brasil.
  • O resfriamento anormal das águas oceânicas do Pacífico, ao contrário do que ocorre no El Niño, resulta em outro importante fenômeno climático, chamado La Niña.