O Estado de Mato Grosso registrou 11 casos de Febre Oropouche em 2024. A informação é do Ministério da Saúde, em informe epidemiológico publicado no último dia 2 de abril. Ao todo já são 3.320 casos da doença confirmados em todo o Brasil.
Em contato com a reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que está em contato com o Ministério da Saúde para identificar as cidades de origem desses 11 pacientes. De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, nenhum caso foi diagnosticado na Capital até o último dia 2 de abril.
A Febre Oropouche não é nova no país, mas neste ano houve um aumento no número de casos registrados. Em 2023, o país notificou 832 casos, sendo que nenhum deles foi em Mato Grosso. Segundo o Ministério da Saúde, o aumento do número de casos também está relacionado ao novo protocolo adotado, especialmente nos estados da região amazônica, que descentralizaram a realização dos exames necessários para o diagnóstico.
Ela é uma doença classificada como arbovirose, assim como a dengue, a zika e a Chikungunya. Mas não é transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Os mosquitos vetores são conhecidos popularmente como “maruim” ou “porvinha”.
A Prefeitura de Cuiabá emitiu um alerta para a população em razão do “risco crescente” da doença no país. Como os sintomas são parecidos com os da dengue, zika e Chikungunya, a recomendação é que em caso de testes negativos para essas doenças, seja considerado o diagnóstico de febre Oropouche.
A maioria dos casos até agora foram registrados nos estados da região Norte, alguns dos quais tem divisas com Mato Grosso. O surto tem afetado pessoas de todas as idades e gêneros, mas tem impactado principalmente crianças e jovens.
Os sintomas incluem: febre súbita, dor de cabeça, dor muscular, dor articular, tontura, sensibilidade à luz, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, complicações no sistema nervoso central e manifestações hemorrágicas.
Os mosquitos que transmitem essa doença se reproduzem e descansam em áreas úmidas e ricas em matéria orgânica. Recomenda-se cuidados com limpeza urbana, saneamento e o uso de repelentes.
Fonte: Repórter MT