Seguindo cenário nacional, Mato Grosso apresentou alta na taxa de testes positivos para covid-19 em um mês, passando de 10% para 13,6% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 agosto passado, segundo relatório independente do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), que analisa dados de sete laboratórios.
Os dados foram divulgados no último dia 30. Dentre os estados analisados, o Estado registrou a sexta maior taxa de positividade. Em primeiro aparece Minas Gerais, com 21,4%, seguido de Goiás, com 20,4%. Após, vêm o Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%) e São Paulo (14,1%).
Em nível nacional, a taxa de positividade para o coronavírus (SARS-CoV-2) saltou de 7% para 15,3% no mesmo período. Segundo o levantamento, os percentuais mais elevados são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%).
Atualmente, o país enfrenta a sazonalidade dos casos da covid-19 e o cenário é muito diferente do visto no início da pandemia graças à vacinação, à imunidade adquirida e à evolução do vírus, que mudou para ser menos letal e mais transmissível.
O atual aumento é associado à EG.5.1, apelidada internacionalmente de Éris, uma subvariante da ômicron, que é monitorada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Éris já circula, pelo menos, desde fevereiro deste ano e foi confirmada em mais de 50 países. No Brasil, o primeiro caso reportado foi em São Paulo, em 17 de agosto. Mais recentemente, casos da doença foram confirmados no Distrito Federal e Rio de Janeiro.
O Instituto reforça ainda que essa alta da positividade para covid-19 serve de alerta mostrando que o vírus coronavírus continua circulando e a população deve estar com a vacinação em dia.
Crianças e adolescentes até 18 anos devem tomar três doses da vacina e adultos e idosos, quatro. Em caso de dúvidas, procure um posto de saúde mais próximo.
Em Mato Grosso, a cobertura vacinal da bivalente é de apenas 7,52%. Desde o início da pandemia do coronavírus até 31 do mês passado, foram confirmados 895.054 casos e 15.447 óbitos em decorrência da doença no Estado.
O ITpS é uma entidade sem fins lucrativos e monitora a circulação de vírus respiratórios desde fevereiro de 2022, sendo este o 22º relatório. O objetivo é ajudar as autoridades públicas ligadas à área da saúde a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
Fonte: Diário de Cuiabá